São Paulo - A fratura em um dos ossos da mão direita de Bia Figueiredo ainda não é passado para a piloto brasileira de 26 anos, da equipe Dreyer & Reinbold Racing. A lesão, fruto de uma batida em Graham Rahal na prova de St. Petersburg, na Flórida, a primeira da temporada, há pouco mais de um mês, ainda causa dores. Mesmo assim ela estará na pista amanhã para os treinos da segunda edição da São Paulo Indy 300.
O local atingido (o osso escafoide) serve como apoio da mão no lado interno, na mesma linha do polegar. Lesões nele são muito comuns em ginastas, quando apoiam a mão no chão ao cair, e em goleiros, ao sofrer o impacto dos chutes fortes. Bia sofreu a fratura com a batida do volante em sua mão.
A brasileira avisou de antemão, ontem, que não estaria no melhor da forma. Após terminar a prova na qual se lesionou em 14º lugar, ela fez uma cirurgia para colocar pinos, ficou fora de uma corrida e sofreu em outra. "Acabei perdendo Barber [segunda pista do campeonato, no Alabama]. Foi frustrante. Corri em Long Beach [na Califórnia] com dores e estou fazendo fisioterapia. Não acredito que esteja 100%, mas isso só poderei ver na hora que pegar o carro no sábado", afirmou Bia à Gazeta do Povo.
A sugestão de colocar zebras similares às de Long Beach, feita por Helio Castroneves e em estudo para os próximos anos, causou calafrios na piloto, que corre a primeira temporada completa na categoria no ano passado fez apenas algumas provas.
As zebras de Long Beach são quase verticais, ao contrário das largas em pistas como Interlagos e Curitiba. Para se completar uma boa volta, é necessário fazer as curvas usando as zebras como apoio e este tipo alto causa mais impacto aos pilotos.
"Quando o Helio falou em colocar a zebra igual a Long Beach, meu braço começou a doer. Lá, eu pegava a zebra e a dor era intensa. Perguntei para o Tony [Kanaan, piloto brasileiro], que é cheio de pinos, se era normal, e ele disse que sim. Parecia que eu quebrava de novo a cada curva", contou.
Mesmo tendo menos dores que há duas semanas, quando correu em Long Beach, Bia seguirá usando a proteção de carbono no antebraço direito até pelo menos as 500 Milhas de Indianápolis, próxima etapa do calendário, no dia 29 de junho, por recomendação do médico da IndyCar. "Ainda dói em alguns movimentos. Espero que na pista a dor não apareça para que eu consiga ser competitiva", torce.
O jornalista viajou a convite da organização da prova.
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