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Vivian Segnini (302ª, 1ª do ranking nacional) é uma das representantes do Brasil na tradicional Fed Cup, com início amanhã, em Curitiba. Legenda  (1 col 29tqs.) (2 col 60 tqs.) (3 col92 tqs.) (4 col 124 tqs.) (5 col 150 tqs.) | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Vivian Segnini (302ª, 1ª do ranking nacional) é uma das representantes do Brasil na tradicional Fed Cup, com início amanhã, em Curitiba. Legenda (1 col 29tqs.) (2 col 60 tqs.) (3 col92 tqs.) (4 col 124 tqs.) (5 col 150 tqs.)| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

A 50ª edição do campeonato mais importante do tênis feminino em equipes do mundo começa amanhã em três continentes – a etapa das Américas será em Curitiba. A Fed Cup, espécie de Copa Davis das mulheres, será disputada na capital paranaense até o próximo sábado, entre nove seleções.

A etapa curitibana da competição é uma espécie de terceira divisão da disputa principal. Mas, para o time brasileiro, não menos importante: foi jogando em casa, há oito anos, que o Brasil venceu pela última vez esta fase regional.

Jogar em casa (no piso de saibro do Graciosa) é um dos trunfos das quatro tenistas do time nacional – formado pelas paulistas Roxane Vaisemberg (300.ª do ranking de simples da WTA e 2.º do Brasil) e Vivian Segnini (302.ª, 1.ª do ranking nacional), a carioca Ana Clara Duarte (bronze em duplas mistas no Pan de Guadalajara, 409ª na WTA, 6ª do Brasil) e a novata Bea­­triz Haddad Maia (686.ª, 19ª colocada), 15 anos – vão usar para desbancar favoritos Canadá e Argentina.

A responsabilidade do quarteto não é pouca, pois só o primeiro lugar vale para seguir na Fed Cup: as campeãs enfrentam um dos times rebaixados do Grupo Mundial II (espécie de 2ª divisão) em um play-off. Quem vencer, disputa tal etapa em 2013, em busca de novo eliminatório que vale, finalmente, a entrada na elite dos times mundiais – atualmente formada por Rússia, Espanha, Bélgica, Sérvia, Itália, Ucrânia, Alemanha e República Tcheca.

Para o desafio, o capitão da equipe nacional, o técnico Eduar­­do Frick, optou por mesclar a experiência de Ana Clara e Roxane com a ascensão de Vivian e a aposta em Bia Haddad, que desembarcou em Curitiba na sexta-feira, depois de jogar seu primeiro Open Junior, na Austrália. "Perdi na primeira rodada, mas aprendi muito", diz a tenista que é a mais nova a defender o Brasil em 37 participações do país na competição.

O trio Roxane, Ana Clara e Vi­­vian já jogou outras Fed Cups e destaca a dificuldade do torneio. "Só não conheço as jogadoras da Bolívia. Todas são equipes muito fortes, teremos uma competição muito equilibrada", diz Vivian, 23 anos, em sua segunda participação.

Em comum, todas têm o esporte no sangue. Começaram a jogar influenciadas pelos pais aficionados pelo esporte. A rotina de viagens começa muito cedo, por volta dos 14 anos, e varia em quantidade dependendo dos valores de patrocínios conquistados.

A equipe toda é bancada pela Confederação Brasileira. Cada uma tem seus apoiadores para raquetes e cordas, calçados e uniforme esportivo.

Apenas quem não tem patrocinador extra é Ana Clara. Roxane voltou a ter apoio de seu clube depois de ter parado de jogar por falta de investidor. "A média de torneios das meninas chega a 25 por temporada. Eu faço uns 15, que é o que consigo bancar", conta. Vivian tem apoio de uma empresa privada há oito anos e Bia está no projeto de Gustavo Kuerten com o Ministério do Esporte para apoiar jovens talentos com vistas a 2016.

Os estudos vão até onde elas conseguem conciliar. Roxane e Ana Clara terminaram o Ensino Médio, com ajuda de cursos a distância. Vivian parou no 2º ano, priorizando o tênis. Bia ainda não decidiu se faz o mesmo, enquanto cursa o 2º ano. As quatro moram longe da família. Roxane foi para a Argentina aos 14 anos, onde morou e treinou dois anos.

Serviço

Fed Cup, a partir de amanhã às 10 horas, na quadra de saibro do Graciosa Country Club, em Curitiba. O torneio inicia com as partidas entre Colômbia e Venezuela, e Paraguai contra a Bolívia. Não haverá cobrança de ingresso.

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