• Carregando...

O brasileiro Antônio Dumas, que treinou a seleção de Togo entre 2002 e 2004, se disse chocado com o atentado que a delegação do país sofreu na província de Cabinda, em Angola, quando se dirigia para a disputa da Copa Africana das Nações. O técnico afirmou não entender o porquê da decisão de ir para a competição de ônibus.

"Não sei o que deu na cabeça deles. Todo mundo sabe que aquela área é muito perigosa. Eu conheço bem aquela estrada. Passar por ela, deserta, é complicado. Mas nunca tinha acontecido nada do tipo. Tinha que ter ido de avião direto para lá. Até me admiro que jogadores como Adebayor tenham aceitado ir de ônibus", disse, em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.

Dumas era amigo próximo do auxiliar técnico Abalo Amelete, uma das vítimas fatais do atentado. O técnico, que disputou a Copa Africana de Nações por Togo, entrou em contato com os familiares nesta segunda-feira (11).

"Eu estou mais sentido porque é meu amigo. Já falei com a família. Ele foi meu auxiliar na época que eu treinava Togo. Toda vez que vinha para o Brasil, ficava na minha casa. Ele era muito querido. Está todo mundo arrasado", afirmou.

O treinador revelou também que por pouco não esteve no ônibus da delegação togolesa. Dumas iria como convidado para a competição e ia viajar para o país na companhia de Hamilton, ex-Sport, que joga pela seleção de Togo.

"Hamilton não foi porque tinha problema para resolver com o Goiás(o jogador está acertando sua transferência para o time goiano). Ia viajar para lá para depois ir com a seleção. Eu ia com ele. A amizade que eu tenho com todos de lá é muito grande. Parece que foi comigo", encerrou o técnico, que deve comandar a seleção de Guiné-Bissau a partir de maio.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]