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A primeira derrota atleticana na Sul-Americana terminou em revolta da torcida. Contra o desempenho do time, contra Dagoberto e, por último, contra ela mesma. Os rubro-negros do setor atrás do gol defendido por Cléber no segundo tempo, o da Buenos Aires, em que o ingresso é o mais barato do estádio e onde ficam as organizadas, reclamaram dos torcedores situados nas cadeiras da entrada da Getúlio Vargas.

Logo após o gol de Alvarez, aos 40 minutos, parte da torcida que estava na Buenos Aires passou a endereçar seus coros à outra parcela de fãs atleticanos. "Turista, turista", "Agita, povão, hoje é decisão" e "Ei, playboy, vá tomar..." foram algumas das palavras dirigidas aos companheiros de arquibancada. Acostumados a cantar o jogo todo, os componentes da organizada criticavam o comportamento bem menos participativo da turma do setor mais caro da Arena.

A questão financeira, explícita em termos como turista e playboy, também foi fundamental no surgimento dessa segregação entre setores do caldeirão atleticano. Enquanto a entrada para sentar atrás dos gols custa R$ 30 na Sul-Americana, para assistir às partidas com a visão lateral, o rubro-negro precisa pagar entre R$ 40 e R$ 60 no Continental.

O desentendimento "social" acabou em pancadaria. Um grupo de cerca de dez torcedores partiu para a agressão depois que um dos xingados respondeu às hostilidades na mesma moeda. Foram cenas de covardia e violência que renderam a reprovação da maioria dos atleticanos. Gritos de "vergonha" ecoaram em meio ao vandalismo no Joaquim Américo.

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