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Barueri - A vitória por 2 a 0 sobre o Fla­­mengo não rendeu apenas três pontos e uma posição mais tranquila no Campeonato Brasileiro ao Barueri. Após a partida de quarta-feira, dois jogadores do clube paulista revelaram que o time recebeu um incentivo fi­­nanceiro do Cruzeiro para vencer a partida – a popular "mala-branca".

"Cruzeiro nos deu essa gratificação, mas, independentemente desse dinheiro do Cru­­zeiro, a gente sempre entra para vencer", disse o atacante Val Baia­­no em entrevista à rádio El­­dorado/ESPN.

O goleiro Renê também admitiu que os atletas receberam incentivo de outra equipe, sem citar nomes. "Nós recebemos ligações hoje (quarta-feira). E isso é legal, é a famosa ‘mala-branca’. E nós estamos esperando agora. Fim de ano tá aí, queremos engordar nossa conta", fa­­lou.

A diretoria do Barueri negou envolvimento no suposto caso. Em nota oficial, o presidente do clube, Marcos Antonio Monteiro de Almeida, diz que condena a prática da "mala-branca" e que não soube de nenhum contato do Cruzeiro para viabilizar o pa­­gamento do incentivo. "Fo­­mos pegos de surpresa com a notícia e desconhecemos que isso possa ter acontecido." O Ba­­rueri afirma, ainda, que se for provado que os atletas aceitaram incentivo extra, eles serão advertidos.

A diretoria do Cruzeiro refutou a informação de que teria dado incentivo financeiro aos jogadores do Barueri. "Negamos veementemente. Não usamos esse tipo de prática", declarou o supervisor de futebol Benecy Queiroz. Já a diretoria do Fla­­mengo entrará com uma queixa na Procuradoria da Justiça Desportiva e no Ministério Pú­­bli­­co para que sejam apuradas as denúncias sobre a "mala-branca".

O procurador-geral do Su­­perior Tribunal de Justiça Des­­portiva (STJD), Paulo Paulo Schmitt, revelou que vai intimar hoje ou na terça o goleiro Renê e o atacante Val Baiano para esclarecer o caso. "Caso haja denúncia, a punição para quem ofereceu e recebeu a mala-branca é de dois a quatro anos de suspensão. Não há punição aos clubes envolvidos nisso (mala-branca) no Código Brasileiro de Justiça Des­­portiva", explicou Schmitt.

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