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A maranhense mantém o estilo dor de cotovelo antenada com as novidades | Arquivo Gazeta do Povo
A maranhense mantém o estilo dor de cotovelo antenada com as novidades| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Lori critica excesso de respeito

Para o técnico Lori Sandri, um dos motivos de o Paraná ter passado muitas dificuldades na primeira etapa foi ter respeitado demais o Cruzeiro. Ele ressaltou que o time só conseguiu jogar bem depois porque retomou a confiança no intervalo.

"Pode ser uma questão psicológica, o respeito que o jogador tem. Fizemos errado no começo. Foram muitas bolas longas e erros de passe", disse o treinador, que comemorou a reação da equipe. "Valeu pelo segundo tempo. Se no primeiro nos omitimos, depois, com um jogador a mais no meio, dominamos a partida. A equipe ficou compacta e a maioria das jogadas deles parava na intermediária. Pena foi ter sofrido aquele segundo gol", disse Lori, levando em consideração que o Tricolor estava mais perto de virar o jogo no momento.

Taticamente, a entrada do volante Batista no lugar do zagueiro Toninho foi o diferencial. "O treinador me pediu para dar mais toque de bola, já que o time deles estava ganhando o meio-de-campo", contou o jogador, que espera a chance de ser titular no jogo de sábado contra o São Paulo, no Morumbi. (NF)

O Paraná do primeiro tempo lutaria contra o rebaixamento. Já o do segundo mostrou que tem condições de jogar de igual para igual com os mais fortes adversários. No fim, um empate por 2 a 2 com o vice-líder Cruzeiro, ontem, na Vila Capanema, que manteve o Tricolor na faixa intermediária da tabela, porém ainda mais para baixo do que para cima.

Apesar disso, considerando o favoritismo prévio do adversário – que vinha de seis vitórias consecutivas e tem o melhor ataque do campeonato, com 49 gols –, além da recuperação paranista dentro da partida, buscando o empate duas vezes, os jogadores e o técnico Lori Sandri consideraram o resultado satisfatório.

Depois de um primeiro tempo apático, no qual o Tricolor deu espaço para os mineiros fazerem o que mais gostam, contra-atacar, Lori corrigiu o rumo no intervalo. Duas atitudes mudaram a postura da equipe: "chamar os meninos no brio", segundo ele próprio, e substituir o zagueiro Toninho pelo volante Batista, adiantando a marcação e dando mais presença e qualidade ao meio-de-campo.

A esta altura o placar era de 1 a 0 para a Raposa, belo gol de Wágner aos 25 minutos, depois de tabelar com Leandro Domingues e bater colocado no canto direito. E poderia ter sido mais se o envolvente ataque cruzeirense tivesse acertado o pé.

Melhor postado em campo e motivado pela voz do vestiário, o Paraná voltou sufocando até conseguir o empate aos 12 minutos. Assim como em dois gols na vitória de domingo por 3 a 1 sobre o Juventude, o lance começou em um escanteio batido por Éverton. Beto, que havia feito o primeiro contra os gaúchos, desviou de cabeça na primeira trave e o artilheiro Josiel completou para a rede.

A pressão não cessou e a virada parecia questão de tempo. A única coisa que não poderia acontecer era uma escapada de Marcelo Moreno, que deixou Daniel Marques para trás com facilidade e tocou na saída de Flávio para colocar o Cruzeiro na frente seis minutos depois.

Porém, fortalecido psicologicamente, o Tricolor não esmoreceu. Continuou em cima até arranjar um pênalti aos 25 minutos. Talvez pressionado pela reclamação de uma penalidade em cima de Neguete quando o jogo ainda estava empatado, o árbitro foi na onda de Beto e apontou a marca da cal quando o volante paranista se jogou na área.

Josiel bateu para empatar novamente e marcar seu 15.º gol no Brasileiro, terceiro em duas partidas, consolidando a recuperação depois de ficar oito rodadas sem balançar a rede. Foi o sexto "lanche cruel" do artilheiro do Brasil, expressão que surgiu justamente após a vitória tricolor por 4 a 3 sobre o Cruzeiro no primeiro turno, num funk feito pela torcida do Atlético-MG para tripudiar o rival: "Lanche cruel, tomou dois do Josiel".

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Em CuritibaParaná 2 x 2 Cruzeiro

ParanáFlávio; Daniel Marques, Toninho (Batista) e Neguete; Léo Matos, Adriano, Beto, Éverton (Goiano) e Paulo Rodrigues; Vandinho (Vinícius Pacheco) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

CruzeiroFábio; Jonathan, Emerson, Thiago Martinelli e Fernandinho; Ramires, Charles, Wágner (Aldo) e Leandro Domingues (Maicosuel); Marcelo Moreno (Nenê) e Alecsandro. Técnico: Ivan Izzo.

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Lourival Dias Lima Filho (BA) Gols: Wágner (C) aos 25’ do 1.° tempo; Josiel (P) aos 12’ e aos 26’ e Marcelo Moreno (C) aos 18’ do 2.º tempo. Amarelos: Léo Matos (P); Ramires, Charles, Thiago Martinelli e Jonathan (C).

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