Cacá, o piloto a ser batido nos playoffs

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A frase sai de bate-pronto: "O Cacá (Bueno) é o cara a ser batido", diz, sem rodeios, o paulista Marcos Gomes, sexto colocado entre os dez pilotos ainda na disputa pelo título de 2009, com 215 pontos, 20 a menos que o líder Cacá.

A dianteira na classificação, na visão de grande parte de seus concorrentes, é apenas uma das vantagens que faz do carioca o favorito na Superfinal – a primeira das quatro corridas do playoff será hoje, com largada prevista para as 11 horas, no Autódromo Interna­cional de Curitiba, em Pinhais.

"Na primeira fase (oito etapas) ele foi o piloto mais forte, mais regular, por isso é o favorito", afirma Luciano Burti, último a se ga­­rantir na decisão. Ele pretende mu­­dar a estratégia, se arriscando mais, para tentar encostar no primeiro colocado.

"Não há como esconder a vantagem do Cacá. Está em uma equipe com estrutura, o carro é bom, vem de bons resultados... Enfim, a fase é boa", ressalta Max Wilson, o nono da tabela de pontuação (210), emendando na sequência um "mas dá para mudar", mesma linha de raciocínio do companheiro de equipe Ricardo Maurício, o atual campeão da categoria.

O semblante fechado de Cacá, após um sessão de treinos ruim na sexta-feira, indica que o assunto incomoda. "Sei que a postura de alguns pilotos é essa, de passar a responsabilidade para outro, pressionar", afirma o carioca. "Tem muita gente boa, não será fácil. Mas somos os favoritos pelo que fizemos ao longo do ano. Aqui a gente não sente pressão, não."

Outro tema, contudo, mexe ain­­da mais com o piloto da Red Bull Racing. Cacá não esconde o descontentamento com o regulamento, que diminuiu a sua vantagem para o segundo colocado de 41 para 12 pontos. "Tenho de tratar de me recuperar, recuperar a vantagem que tiraram na gente", ressalta. "Sem contar que se deve premiar quem foi melhor no ano e não quem se destacou no período, nas quatro últimas corridas", acrescenta, criticando a opção pelo playoff para definir o vencedor de 2009 – sistema criado há três anos para equilibrar a disputa.

Bicampeão (2006/07), o carioca atira mais uma vez contra a organização, que programou duas provas em ovais (Curitiba e Brasília) para o fim da temporada. "Oval é muito imprevisível", encerra, voltando os olhos para o monitor que mostra o desempenho do carro. O semblante fecha novamente.

Ao vivo

Stock Car, etapa de Curitiba, às 11 horas, na RPC TV.

Serviço: Os ingressos custam R$ 26 (R$ 13 a meia-entrada) e estão à venda na bilheteria do autódromo. A programação prevê provas de Stock Jr. (8 h), Stock Car (11 h), Copa Vicar (13 h) e Pick-up Racing (14h10).