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Cinco dias após as cenas de barbárie no Couto Pereira, o Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope) segue o processo de identificação de envolvidos no quebra-quebra generalizado após a partida entre Coritiba e Fluminense no último domingo. No momento, uma das dificuldades no processo é que o cadastro de membros de torcidas organizadas está incompleto, pois nem todas as facções entregaram o documento pedido pelas autoridades.

O cadastro foi pedido pela polícia em decorrência dos incidentes do último Atletiba pelo Brasileiro, em outubro passado. Na confusão depois da partida um torcedor do Atlético foi atropelado por um coxa-branca e acabou falecendo dias depois. "Temos foto, endereço e histórico dessas pessoas. Isso nos ajuda bastante, e temos percebido que grande parte dos envolvidos tem cadastro nas torcidas. O que eu lamento é que nem todas as organizadas nos forneceram o cadastro", lembra o delegado titular do Cope Miguel Stadler, em entrevista à Gazeta do Povo, sem citar quem estaria devendo os registros à polícia.

Além do quebra-quebra no Couto Pereira, também seguem as investigações de outros tumultos provocados por torcidas que causaram prejuízo ao patrimônio público.

Com os registros incompletos de organizadas, a denúncia é principal fonte de informações. São detalhes sobre os envolvidos na confusão, tais como endereço residencial e local de trabalho. Com essa ajuda, somada à imagem de tv e fotos publicadas em jornais, foi possível localizar e prender dois suspeitos de envolvimento na confusão. Geison Lourenço Moreira de Lima, 20 anos, foi detido por tentativa de homicídio. Ele é o torcedor que aparece na capa da Gazeta do Povo de segunda-feira, com uma fileira de bancos nas mãos. Anteriormente, já havia sido preso Gilson da Silva, 20 anos, pela agressão ao policial militar Luiz Ricardo Gomide. Ambos estão na delegacia do Centro de Operações Especiais (Cope). "A denúncia facilita o reconhecimento pelas imagens. Porque procuramos diretamente a pessoa apontada por quem fez a denúncia. Isso agiliza bastante o processo de identificação", afirma o delegado.

Sem novas detenções, Stadler garante que as investigações e intimações seguirão no mesmo ritmo no final de semana. Sábado mais algumas testemunhas serão ouvidas na sede do Cope em Curitiba. Para quem quiser fazer uma denúncia basta ligar no telefone 41-3284-6536 ou no site da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR).

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