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Mecânicos trabalham no carro adaptado para o paranaense Sérgio Vida, de 44 anos, e cuja carreira começou há dez anos no kart | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Mecânicos trabalham no carro adaptado para o paranaense Sérgio Vida, de 44 anos, e cuja carreira começou há dez anos no kart| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Programa

Confira preços dos ingressos e horário dos treinos e provas:

Entradas

- O ingresso para a arquibancada vale por todo o fim de semana e custa R$ 26 (meia-entrada a R$ 13). O bilhete com direito a passe de visitação aos boxes está sendo vendido ao preço de R$ 55. A comercialização é feita pelo site www.ticketmaster.com.br (que informa também os pontos físicos de venda) e pelo telefone (11) 2846-6000. As bilheterias do autódromo abrem no sábado, das 8h30 às 16h, e no domingo, à partir das 6h30. Os lugares no paddock estão esgotados.

Horários

- A etapa de Curitiba, chamada de Corrida Verde, terá os primeiros treinos livres amanhã. No sábado ocorrem as sessões classificatórias: Copa Vicar (10h15), Stock Car (11h40), Stock Jr. (13h20) e Pick-Up Racing (14 h). As corridas serão no domingo: Stock Jr. (8 h), Stock Car (11h03), Copa Vicar (13 h) e Pick-Up Racing (14h12).

Sabe aquele sonho de todo piloto que começa no kart, de se tornar profissional e quem sabe chegar à Fórmula 1? Ele está se realizando para o paranaense Sérgio Vida. Não da mesma forma que aconteceu para o inglês Jenson Button, que iniciou na categoria-escola do automobilismo duas décadas antes de se tornar cam­­peão mundial de F-1 no último fim de semana. A F-1 de Vida, paraplégico desde os 21 anos e kartista desde os 34, é a Copa Vicar, categoria secundária da Stock Car.

Aos 44 anos, ele dirigirá pela primeira vez seu carro adaptado no treino de hoje, ao meio-dia, no Autódromo Inter­­nacional de Curitiba. "Quem um dia inicia no kart sempre tem esse sonho. Lógico que eu não iria chegar à Fórmula 1, mas participar de uma competição desse nível é uma grande conquista", diz o piloto, cujo principal objetivo na corrida de domingo é "vencer o desafio de pilotar e terminar a prova".

Apesar se se considerar muito competitivo, Vida sabe que terá de se acostumar à novidade antes de pensar em disputar posições na pista. "Ajudei na adaptação do carro, mas vou dirigi-lo pela primeira vez. É completamente diferente do meu veículo adaptado para o dia-a-dia ou do kart", comenta o campe­­ão brasileiro de parakart.

"Faço tudo com as mãos: acelerar, trocar de marcha e frear. A diferença é que na Stock tem mais uma coisa: você acelera e freia ao mesmo tempo", diz. "A solução genial foi do Henrique Nemeth, da (empresa) HN Adaptações, para que eu pudesse frear e trocar de marcha ao mesmo tempo. Através de um hidrovácuo, acionando um interruptor consigo baixar a marcha. Para cima, como o câmbio é sequencial, só vai trocando ao acelerar", explica.

O acelerador foi inspirado no da BMW do italiano Alessandro Zanardi no WTCC – o piloto perdeu as duas pernas em um acidente na Fórmula Indy em 2001. "É um aro de impulsão atrás do volante", conta o paranaense.

A possibilidade de correr na Stock surgiu há dois meses. "Então começou a guerra para tentar patrocínio e adaptar o carro", lembra Vida, que precisaria de cerca de R$ 40 mil. "Consegui o patrocínio da Rio Linhas Aéreas, LC Costa, Prata Fina, Armazém 4x4 e, claro, da HN Adaptações. Quando contei a história para eles, acharam bacana. Alguns até me disseram: ‘você tem vida até no mome’", discursa o orgulhoso piloto, que perdeu os movimentos das pernas em um acidente de carro, em que foi arremessado para fora do automóvel e caiu sentado, o que lesionou sua coluna.

Ele conseguiu a verba para correr pela nova equipe Rangel Power as quatro últimas etapas da temporada – Curitiba, Bra­­sília, Tarumã-RS e São Paulo. O ti­­me se originou da estrutura da antiga Action Power, tradicional equipe paranaense que decidiu encerrar suas atividades após o incêndio no caminhão que destruiu seus carros e equipamentos em julho.

Em 2010, Vida – também atleta paraolímpico de tiro – quer disputar o campeonato inteiro. "A ideia é me tornar piloto profissional mesmo", projeta.

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