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A vitória por 5 a 2 sobre o Grêmio, no domingo, foi muito mais do que a primeira do Paraná no Brasileiro-06 para Caio Júnior. Foi uma espécie de prêmio após as incertezas da curta carreira como treinador que ele, pouco antes de aceitar o convite do Tricolor da Vila, já achava estar encerrada.

Por isso, após o apito final do paulista Wilson Luiz Seneme, ele disse de forma meio enigmática que em sua cabeça estava se passando um filme. Ontem, mais tranqüilo, explicou a declaração.

"Lembrei de todas as experiências difíceis que tive como técnico nestes dois ou três últimos anos. Da minha passagem pelo interior... O filme que me fez perceber que aquele sacrifício todo valeu a pena", afirmou.

A emoção também se explica pelo placar dilatado e inesperado, resultado da supremacia de sua tática contra a do técnico Mano Menezes, do Grêmio. Caio assistiu às duas primeiras partidas do Tricolor gaúcho e constatou o que depois da partida ficou claro para todos: a ruindade da defesa gremista. Por isso, colocou de última hora o atacante Cristiano, que foi quem abriu o caminho da goleada, em um rápido contra-ataque, aos 12 minutos da primeira etapa.

"Não esperava (uma vitória tão dilatada). Mas tivemos a felicidade de fazer dois gols, um atrás do outro. O que não aconteceu na partida contra o Botafogo, quando não aproveitamos as chances que tivemos", analisou.

Mesmo afirmando que a goleada já passou, que o campeonato é longo, e que a ordem é manter os pés no chão, o comandante tricolor já arranjou um lugar especial para guardar o último triunfo.

"Esse jogo pode marcar a minha carreira. Até hoje, junto daquela vitória contra o Corinthians (pela Copa do Brasil, quando dirigia o Cianorte), foi a mais importante da minha carreira."

O técnico, contudo, nega que a partida fosse decisiva para o seu futuro no Paraná. O clube vinha de uma derrota fora, para o Juventude, e um empate em casa com o Botafogo, e estava nas últimas colocações.

"Não vejo futebol dessa forma. Futebol é seqüência e tenho um contrato de um ano que espero cumprir independente dos resultados", disse ele, que também não admite empolgação com o resultado. "Não me empolgo com as vitórias nem vejo as derrotas como terra arrasada. É um campeonato muito longo, cheio de decisões e surpresas. Ele termina só em dezembro. Agora ainda é cedo para falar qualquer coisa".

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