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O coro surgiu em resposta à apatia do Coritiba no jogo com o Guarani. Os coxas-brancas viam na entrada de Caio a chance de furar a retranca da equipe campineira e começar com o pé direito a caminhada rumo à Primeira Divisão dentro do Couto Pereira. Diante das cobranças, Estevam Soares acatou a sugestão e trocou o lateral-direito Andrezinho por Caio no intervalo.

O "salvador", porém, falhou. Culpa, talvez, dos quatro meses em que ficou inativo, discutindo sua liberação do Ituano. Sem ritmo, Caio foi o responsável direto pelo gol de empate do Bugre ao chegar atrasado numa dividida com Juliano e cometer um pênalti desnecessário. Só não virou vilão por causa dos créditos acumulados com a arquibancada pelo empenho no ano passado. A impaciente torcida trocou o protesto pelo apoio incondicional ao ídolo.

O erro, contudo, não passou despercebido à auto-análise do armador. Chateado, Caio colocou na cabeça que a sua primeira redenção virá amanhã, às 16 horas, contra a Portuguesa, quando reestreará entre os titulares do Coritiba. Já a segunda volta por cima ele espera que aconteça em novembro, quando o clube que aprendeu a gostar estiver de volta à Série A do Brasileiro.

"Só posso agradecer o apoio que recebo diariamente dos torcedores. Eles me ajudaram a superar aquele momento difícil do jogo com o Guarani e agora eu tenho que retribuir. Tomara que contra a Portuguesa eu consiga fazer pelo menos um gol para ir lá perto comemorar com eles", revelou.

O meia-atacante, ao lado de Fábio Pinto, terá a missão de fazer a bola chegar ao estreante Alberto – o nome do centroavante apareceu no Boletim Informativo Diário (BID) de ontem da CBF –, o novo responsável por quebrar a maldição que persegue a camisa 9 alviverde. Quem a vestiu nesta temporada se machucou ou foi dispensado.

"Estou tranqüilo e motivado. Trabalhei forte para chegar no dia do jogo bem e não errar. Sei que posso render ainda mais do que no ano passado", afirmou, sem falsa modéstia, o camisa 10, que dá a receita para que dessa vez os três pontos não escapem do Alto da Glória.

"A tendência é que a Portuguesa venha fechada. Numa partida assim, só se fura a retranca com muito toque de bola. Por isso não podemos entrar na pressa da torcida. Teremos 90 minutos para garantir a vitória", ensinou, dando a garantia de quem assimilou o golpe do duelo passado. É o que esperam os coxas-brancas.

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