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Para evitar reclamações de jogadores insatisfeitos com a reserva no Paraná, o técnico Caio Júnior utilizou um exemplo que mexeu com todo grupo antes da partida contra o Fluminense, no domingo: o volante/zagueiro Da Silva. O prata da casa, de 22 anos, não foi relacionado nenhuma vez nem para o banco desde o início do Nacional. Mesmo assim, jamais alterou o comportamento nos treinos ou fez qualquer tipo de cara feia pela situação.

"Ele (Da Silva) é um exemplo de profissional", ressalta o treinador, que expondo a situação do atleta conseguiu levantar o moral do elenco que estava abalado após cinco derrotas seguidas entre Brasileiro e Sul-Americana (a má fase acabou com o 1 a 0 sobre o Flu).

Desde o fim da Divisão de Acesso do Estadual, há quase dois meses, quando estava atuando no Paraná B, Da Silva está apenas treinando. Enquanto espera uma chance na equipe principal, ele se orgulha dos elogios que recebeu do chefe.

"É bom servir de exemplo para todo grupo e também é um estímulo para não desistir nunca", agradece ele, que se espelha no caso do volante Goiano para crer em uma oportunidade. "Sempre converso com o Goiano, que ficou anos esperando para jogar", revela.

Entretanto, a revelação da Vila Capanema não deseja aparecer apenas como lição de dedicação nos trabalhos do dia-a-dia. Quer também ser reconhecido pelo futebol que planeja mostrar quando for chamado.

"Nunca vou deixar de buscar o meu espaço. Vou continuar treinando sério para estar pronto quando for escalado. Acho que quem está melhor deve jogar e respeito as decisões do treinador", afirma.

Caio Júnior não viu o caso de Da Silva como recado a algum insatisfeito dentro do elenco tricolor. Abertamente, ninguém revelou descontentamento, mas sabe-se que o recente período de derrotas criou aborrecimentos.

"No contrato de nenhum jogador está escrito que ele precisa ser titular ou reserva. Usei o exemplo do Da Silva para mostrar que é sempre preciso a mesma entrega em todos os momentos. Quem pensa em ir para fora precisa saber que lá também é assim", avisa.

Entre os jogadores, a exemplificação de Caio Júnior também caiu bem. Segundo o atacante Cristiano – autor do gol na vitória sobre os cariocas – várias coisas fizeram o grupo se unir em um momento difícil.

"O exemplo do Da Silva foi muito válido, mas a necessidade de recuperação e outras conversas fizeram a gente jogar como se fosse o último jogo das nossas vidas", diz o jogador, que sabe da necessidade de uma nova apresentação desse tipo para conseguir a classificação na Sul-Americana – amanhã, contra o Atlético, na Arena, o Paraná só passa se vencer por 3 a 0 ou fazendo dois de diferença marcando quatro vezes ou mais. Novo 3 a 1 leva a decisão aos pênaltis.

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