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Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes | Reprodução Ipardes
Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes| Foto: Reprodução Ipardes

Repercussão

Depois do sexto jogo sem balançar as redes adversárias, o atacante Josiel procurou economizar nas palavras na saída do gramado da Vila Belmiro, onde o Paraná perdeu para o Santos por 2 a 0. Para o ainda artilheiro do Brasileirão com 12 gols, o time vem perdendo partidas por pecar "nos detalhes".

"Já estamos pecando nos detalhes a alguns jogos. Hoje tivemos uma atitude diferente, nos aplicamos até na partida, mas todos nós temos que melhorar para voltar a vencer", disse Josiel.

Confira outros trechos da entrevista com o atacante_______________________________

"Um erro individual nosso". Foi essa a explicação dada pelo técnico Gilson Kleina para a derrota do Paraná diante do Santos na noite desta quinta-feira (9). Sentindo-se rejeitado depois de mais uma passagem ruim pelo clube – assim como em 2004 –, o técnico procurou isenção e atirou para todos os lados.

Antes disso, procurou elogiar o próprio trabalho, falando da postura adotada pela equipe até o gol. "A verdade é que o que determinou o resultado foi um erro individual nosso. O Santos chutou três vezes apenas, nossa postura estava boa, e se acabasse o primeiro tempo com o placar de 0 a 0, eles é que iriam ter que se abrir. Infelizmente, erramos no nosso campo e propiciamos uma chance que o Santos aproveitou".

Leia as críticas de Kleina contra Serginho, elenco e arbitragem

Diretoria rejeita crise

Com mais a quarta derrota do Paraná sob o comando de Gilson Kleina, a situação do técnico foi colocada em xeque após mais uma derrota. Para acalmar os ânimos, falando pela diretoria tricolor, o vice-presidente de futebol José Domingos garantiu a permanência do treinador.

"O aproveitamento não é bom, mas o time tem jogado bem. O Gilson não teve a oportunidade de realizar uma seqüência de treinamentos para mostrar o que quer dos jogadores. Evidente que torcedor quer resultados, nós queremos, o Gilson também, mas temos que ter paciência e aguardar pelos resultados", afirmou Domingos.

Veja o que Domingos disse sobre a possível "crise"

Não adiantou estudo nem treino secreto. Jogando na Vila Belmiro, o Paraná mostrou uma boa postura defensiva durante boa parte do jogo contra o Santos, mas um erro individual tricolor pôs tudo a perder e o Peixe não desperdiçou a oportunidade de fazer 2 a 0 e somar mais três pontos no Campeonato Brasileiro. Foi a terceira vitória consecutiva da equipe paulista.

Por outro lado, o Paraná continua descendo ladeira abaixo, não na classificação, mas na qualidade do futebol. O time soma agora a sua sétima derrota na competição. Sob o comando do técnico Gilson Kleina, o retrospecto é ainda pior, já que em seis jogos com o treinador, o Tricolor perdeu quatro, três deles fora de casa. Apesar disso, o técnico não comprometeu em sua tática de parar o time de Vanderlei Luxemburgo.

Porém, o pouco criativo Santos aproveitou-se de uma bola tocada de calcanhar pelo volante Serginho, próximo da área do Paraná. Com o deslize, o Peixe conseguiu abrir o placar e desmontar a postura tricolor. Na fase final, o Tricolor até procurou o empate, renovado com as modificações efetuadas por Kleina. Porém, faltou pontaria e força ofensiva. No apagar das luzes, Kléber Pereira "fechou o caixão" paranista.

A reabilitação pode vir na próxima rodada, quando o Paraná recebe o Vasco na Vila Capanema, neste domingo (12). Já o Santos tenta mais uma vitória diante do Fluminense no Maracanã.

Calcanhar na hora errada desmonta tática do Paraná

Mesmo antes do jogo começar, o técnico Gilson Kleina sinalizou que o Paraná iria priorizar a marcação, e no decorrer do jogo passaria a procurar os contra-ataques, se aproveitando dos espaços e do nervosismo que recairia sobre o Santos. Jogando em casa, a obrigação de vencer era dos comandados do técnico Vanderlei Luxemburgo.

Durante 37 minutos no primeiro tempo, a formação paranista foi muito bem na Vila Belmiro, anulando o forte poderio ofensivo do Peixe. A equipe paulista tinha mais posse de bola, mas não encontrava espaços para encaixar jogadas de ataque. Na base do individualismo, as coisas também não fluíam para o Santos.

Firme na defesa, o Paraná conseguia muitas vezes ficar com a bola, porém parecia não saber o que fazer com ela. Um time que se notabilizou nos primeiros jogos do Brasileirão por ser contra-ataque mortal simplesmente não incomodou o goleiro Fábio Costa. Josiel ficou isolado e Vinícius Pacheco e Vandinho erraram uma enormidade de passes.

Com esse panorama, a partida seguia para um placar sem gols na primeira etapa. Mas coube a uma aposta de Kleina, o volante Serginho, mudar a história do jogo. Em um lance infeliz, o jogador tentou tirar uma bola de calcanhar, e entregou de bandeija para Dionísio. Com a defesa pega de surpresa, a bola cruzada acabou nos pés de Marcos Aurélio, sozinho, empurrar para as redes de Flávio.

No restante da etapa inicial, só deu Paraná, contudo faltou força ofensiva, e em alguns lances, pontaria. Bastante irritado, Kleina desceu para os vestiários chamando o erro de Serginho de "grotesco", dando a entender que o volante seria sacado imediatamente. E a suspeita viria a se confirmar. Teria o Tricolor forças para reagir?

Tricolor pressiona e acerta trave, porém "quem não faz, leva"

O lateral-esquerdo Márcio Careca voltou para o segundo tempo no lugar de Serginho, com o Paraná se abrindo um pouco mais em busca do empate. Na base da vontade, o Tricolor até esboça uma reação, mas a falta de qualidade do meio-campo para frente no lado paranista ficou bastante nítido.

O sonolento Santos ainda assustou logo no começo da etapa final, com Domingos cabeceando uma bola na trave esquerda de Flávio. Depois disso, só o Paraná ficou com a bola, e quando os passes errados não minavam os ataques do time, a pontaria descalibrada comprometia as finalizações contra o gol de Fábio Costa.

Ainda assim, o Paraná teve duas chances claras de gol. Na primeira, o isolado, porém guerreiro Josiel cabeceou bem, mas na trave do Santos. Na seqüência, após vários "chuveirinhos" na área do Peixe, Léo Matos aproveitou a sobra e mandou uma bomba. Coube ao arqueiro do Santos fazer a sua melhor (e única) defesa no jogo.

Com o empate não vindo, o ânimo tricolor diminuiu e os donos da casa aproveitaram. Depois de longo lançamento, Kleber Pereira driblou Luís Henrique e marcou o segundo do Alvinegro paulista, decretando mais uma derrota tricolor.

Confira a ficha técnica e os principais lances da derrota paranista

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