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Espanhóis se divertem na praia; calor é problema para europeus no Brasil |
Espanhóis se divertem na praia; calor é problema para europeus no Brasil| Foto:

O clima é o inimigo comum na Copa das Confederações. A combinação entre temperatura e umidade relativa do ar elevadas tem mexido na rotina das seleções e, um ano antes, causa preocupação com o que virá na Copa do Mundo.

O jogo mais refrescante foi Taiti x Nigéria, em Belo Ho­­rizonte, disputado a agradáveis 22°C e 70% de umidade. Bem diferente das fornalhas no Recife (Uruguai x Taiti) e em Fortaleza (Espanha x Ni­­géria): ambos com calor de 30°C e 90% de umidade.

"Sentia meus pés queimando", resumiu o lateral espanhol Jordi Alba. "A umidade aqui é impressionante", espantou-se o técnico Vicente Del Bosque. Na semifinal contra a Itália, quinta-feira, novamente em Fortaleza, a Roja deve encarar uma temperatura de 31°C.

A Espanha tem evitado se expor ao calor. Seus treinos são noturnos. As únicas atividades debaixo do sol, fora os jogos, são os treinos de reconhecimento do gramado.

Na Itália, doses extras de suco, frutas e alimentos ricos em fibras, além de hidratação constante, servem para combater os efeitos do calor e facilitar a recuperação muscular. Receita seguida mes­­mo por quem deveria estar aclimatado. "Antes de começar a competição, fizemos alguns testes com isotônico para entender a necessidade de cada jogador. Hoje, cada um tem sua bebida particular", disse o goleiro brasileiro Júlio César.

As condições enfrentadas na Copa das Confederações servem como base para o Mun­­dial, marcado para a mesma época. A Itália já tem consciência de que entrará em campo tanto nas cidades quentes do Nordeste quanto nas frias Curitiba e Porto Alegre, um problema extra.

"Vai fazer a diferença ter atletas, não jogadores. Atletas são aptos a suportar mesmo as piores condições", disse o médico Enrico Castellacci. "Voltaremos aqui com 23 atletas. Chegar com tanque vazio é difícil e jogar três partidas em seis dias é um absurdo", completou o técnico Cesare Prandelli.

A Copa reserva outros absurdos, como 24 partidas às 13 horas. Fortaleza, Recife, Natal e Salvador receberão pelo menos um jogo nessa faixa. Cuiabá e Manaus elevarão a média de temperatura da Copa ainda mais, embora seus estádios tenham adaptações para amenizar o calor.

"A Arena Pantanal não é ovalada, o que facilita a circulação de ar. Mudamos o sentido do gramado para reduzir a incidência de raios solares", diz Diogo Carvalho, assessor da Secopa do Mato Grosso. Com umidade do ar de 30 a 40% no meio do ano, Cuiabá terá quatro jogos – três às 19 horas e outra às 17 horas. Duas seleções saem de lá para Porto Alegre e outra, para Curitiba.

Manaus receberá a única partida da faixa das 22 h, além de três jogos vespertinos. Um vão de 11 m na fachada é o trunfo contra o úmido calor amazônico. "Reduz a temperatura em dois graus. Cai de 30°C para 28°C. Ameniza, mas não resolve", diz o secretário de Copa, Miguel Capobianco.

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