Campeã mundial, catarinense busca agora a vaga olímpica

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Fabiana Beltrame escreveu seu nome na história do esporte brasileiro ao conquistar ontem um inédito título mundial para o remo do Brasil. O feito foi alcançado no campeonato que acontece na cidade de Bled, na Eslovênia, onde ela ganhou a final da prova do skiff simples leve (até 69kg) e faturou a medalha de ouro.

"Eu estava determinada a ga­­nhar aqui e ninguém ia me tirar isso. Estava determinada e era um sonho ganhar esse ouro. Estou muito feliz e espero que seja o primeiro de muitos títulos que o Brasil possa conquistar no remo", afirmou a atleta catarinense de Florianópolis, 29 anos, em entrevista ao SporTV.

A remadora se emocionou ao ouvir o Hino Nacional na cerimônia de premiação e recebeu a medalha de ouro com a filha Alice, de apenas dois anos, no colo.

"Ela [Alice] que me deu toda a força para continuar treinando, mesmo sem saber. Quero agradecer muito ao Flamengo, meu clube de coração, que está sempre me apoiando, e a todos que me deram força. Muito obrigada por tudo", reforçou Fabiana, que defende o clube carioca.

O skiff simples leve, no entanto, não é uma prova olímpica. Com isso, ela precisará competir em outro tipo de disputa da modalidade para poder sonhar com medalha em Londres, no ano que vem.

Grande nome do remo brasileiro na atualidade, Fabiana já havia obtido um feito relevante em junho, ao conquistar o primeiro ou­­­ro do Brasil em uma etapa da Copa do Mundo, em Hamburgo, na Alemanha, também competindo na prova do skiff simples leve.

Ela passou boa parte desta temporada treinando na Ale­manha e agora consagra sua evolução na modalidade.

Nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, disputou a prova do skiff simples e terminou apenas na 19.ª colocação, depois de também ter participado da Olimpíada de 2004, em Atenas.

Na prova de ontem, saiu atrás de suas competidoras na largada, mas depois iniciou uma forte arrancada, assumiu a liderança e conseguiu colocar dois barcos de vantagem sobre a segunda colocada para ganhar a prova com o tempo de 7min44s58. A medalha de prata foi conquistada pela suíça Pamela Weisshaupt, que cravou 7min48s24, enquanto a alemã Lena Mueller ficou com o bronze, ao marcar 7min50s44.