• Carregando...
Na Li obrigou Caroline Wozniacki, número 1 do mundo, a ficar na defensiva | Yuriko Nakao/ Reuters
Na Li obrigou Caroline Wozniacki, número 1 do mundo, a ficar na defensiva| Foto: Yuriko Nakao/ Reuters

Dois anos e meio depois de do­­minar a Olimpíada de Pe­­quim, a China assume posição central sob os holofotes também no tênis. Com a vitória sobre a número 1 do mundo, Caroline Wozniacki, no Aberto da Aus­­trália, ontem, a forte e carismática Na Li coloca um representante do país pela primeira vez na história numa final de simples de Grand Slam – irá en­­frentar a belga Kim Cijsters, que eliminou a russa Vera Zvonareva por duplo 6/3. "Muitos jogadores treinam a vida toda a não conseguem chegar a uma final de Grand Slam. Agora tenho minha chance. É um grande feito", disse a atleta. "Espero que seja algo bom para minha carreira e para o tênis chinês".

Li esteve a ponto de ser eliminada de novo nas semifinais do torneio australiano – já havia alcançado esta fase no ano passado. Mas, embora tenha exagerado nos erros nos dois primeiros set, a chinesa manteve-se forte na sua estratégia de alto risco de colocar bolas na linha e obrigar a dinamarquesa a ficar na defensiva. Salvou um match point para fechar o jogo: 3/6, 7/5 e 6/3.

Depois das partidas, emerge o surpreendente lado bem-humorado da chinesa. Após vencer a alemã Andrea Petko­­vic, Na Li contou que aproveita o cartão de crédito do marido e técnico enquanto ele analisa o jogo das próximas adversárias. Ontem, quando perguntada sobre o que pensou para salvar o match point, foi direta: "Na premiação. Ir à final significa ter mais dinheiro [US$ 1,1 milhão de dólares australianos, cerca de R$ 1,8 milhão]". A plateia da Rod Laver Arena exultou.

Estar a ponto de cair parece ser rotina para a chinesa. No início da carreira, entre 2002 e 2004, Na Li não queria mais passar por esta experiência. Largou o tênis e dedicou-se aos estudos. Cursou jornalismo por dois anos na Universidade Central da China. Desistiu. Voltou para o esporte que está a ponto de consagrá-la como uma das maiores desportistas da história de seu país. "Tinha um ranking baixo, não conseguia jogar grandes torneios. Estava difícil de encontrar o lado positivo do tênis", recordou.

Masculino

Com uma grande atuação, o sérvio Novak Djokovic venceu o suíço Roger Federer, número dois do ranking mundial por 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/3), 7/5 e 6/4, ontem, e garantiu vaga na final do Aberto da Austrália. Agora, Djokovic, terceiro do mundo, vai encarar na decisão o vencedor do confronto entre o espanhol David Ferrer e o britânico Andy Murray, que se enfrentam hoje, a partir das 6h30 (de Brasília).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]