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Ariel Nahuelpan é assunto. Falem mal ou bem, o argentino é daqueles jogadores que rendem horas de discussões nos botecos da cidade. Ou nas comunidades virtuais, como no Orkut: "O perna de pau fez um gol decisivo, já era hora de fazer alguma coisa mesmo", escreve um torcedor de nome Sérgio; "Ariel Gerardo, Uh! Uh! Ilu­­mi­­nado!", "cantarola" outro, Éwer­­ton, lembrando o segundo nome do atacante de 22 anos. Polêmica e clássico são com ele.

O gol aos 42/2.º no Paratiba de quinta-feira frustrou paranistas e atleticanos, que já vão se acostumando a ver o Gringo, como é chamado pelos colegas, se tornar carrasco. São três gols contra o Furacão e dois contra o Tricolor. Algumas atuações memoráveis: na estreia pelo Coxa, uma trombada com Galatto e a bola na rede atleticana; ano passado, no Estadual, matou o Paraná a dois minutos de jogo, fazendo 1 a 0 – ficou em 2 a 0 Coritiba. E no emocionante Atle­­tiba dos 3 a 2 no último Brasileiro, deixou um contra e outro a favor. Ariel cresce em grandes jogos.

"É sempre importante contar com esse tipo de jogador", avalia o técnico Ney Franco, que preferiu fazer mistério sobre a opção entre ele e Bill para o jogo de domingo, contra o Corinthians-PR. O mistério também segue fora de campo. A renovação de Ariel e o controverso contrato de "segurança" que o Coritiba tem são tabus no CT da Graciosa. Por isso, Ariel evita falar com a imprensa. No entanto, os colegas dizem que a queda de produção recente não se deve à parte psicológica. "O gringo é um trabalhador", conta o zagueiro Jéci, "vem passando um momento difícil pela renovação de contrato, mas nunca deixou de trabalhar. Saiu do time, nunca falou de ninguém, sempre deu apoio para quem entrou. É um cara presente no elenco."

Ariel é mesmo querido por todos. Mesmo com o "defeito" apontado por Fabinho Capixaba: "Me recebeu muito bem, apesar de ser argentino. Todo mundo adora ele", diz rindo. O "problema" é grave, brincam os colegas: "Um dia a gente estava na concentração, falando umas coisas de homem, sabe? E ele tentando me explicar e eu não entendia... aí ele: ‘Dos años comigo y no me compreende?’ e eu disse: ‘você que está no Brasil, rapaz, você que tem de se adaptar!’", conta Jéci, às gargalhadas. Enquanto a estrela do Gringo brilhar, a impressão é que essas mazelas vão ficar de lado no Coxa.

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