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O julgamento que terminou nesta terça-feira, às 7 horas, com quatro pessoas condenadas e nove absolvidas no caso "Bruxo", que investigou as denúncias de corrupção na arbitragem paranaense, vai continuar agora no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. Isso porque, o procurador Davis Bruel vai recorrer da decisão do tribunal e entrará com um recurso no STJD.

Segundo o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR), Bortolo Escorssim, a procuradoria tem três dias, a partir desta terça-feira, para interpor o recurso. Com o feriado, nesta quarta, o prazo termina na segunda-feira. Quanto aos condenados (o ex-dirigente do Foz do Iguaçu Genésio Camargo, o ex-dirigente do Marechal Cândido Rondon Gílson Pacheco, o árbitro José Francisco de Oliveira, o Cidão, e o presidente do Conselho Deliberativo do Operário Sílvio Gubert), Escorssim afirmou que o TJD é obrigado a entrar com um recurso no STJD.

"Com relação ao julgamento tudo ocorreu dentro dos conformes da lei", explicou Escorssim sobre a sessão que durou 17 horas na sede do TJD. No entanto, para o auditor Otacílio Sacerdote Filho a decisão do julgamento foi absurda e antijurídica.

"Usaram dois pesos e duas medidas, como uma prova pode punir alguém e a mesma prova absolver outra pessoa, isso é incoerente", desabafou Sacerdote. "Para haver corrupção é preciso que se tenha um corruptor e um corrompido, o Cidão (árbitro José Francisco de Oliveira) foi condenado por receber dinheiro, mas quem pagou foi absolvido."

Para Sacerdote, alguns dos auditores que participaram do julgamento têm vínculos profissionais e pessoais com alguns dos acusados e isso pode ter interferido na decisão do tribunal. "Espero que o STJD modifique essa situação e que os absolvidos sejam condenados", confessou Otacílio Sacerdote Filho.

Quem participou do julgamento

Estiveram presentes no julgamento os auditores Benedito Gomes Barbosa, Lourival Barão Marques, José Pacheco Neto, Eduardo Varela Garcia (relator), José Roberto Dutra e Hajeboock, Clóvis Augusto Veiga da Costa, o presidente do TJD, Bortolo Escorssim, a vice-presidente Adriana França, e o procurador Davis Bruel. Apenas o auditor Valério Vanhoni não esteve presente, mas justificou a ausência.

Os absolvidos

Amorety da Cruz (ex-árbitro); Antônio Carvalho (vice-presidente da Comissão de Arbitragem); Antônio Salazar Moreno (árbitro); Carlos Jack Magno (árbitro); Fernando Homann (ex-presidente da Comissão de Arbitragem); Johelson Pissaia (diretor administrativo da FPF); Marcos Mafra (árbitro); Sandro da Rocha (árbitro) e Valdir de Souza (presidente da Comissão de Arbitragem).

Federação

A Federação Paranaense de Futebol (FPF) informou, nesta terça-feira, que não vai escalar os árbitros que foram denunciados no processo enquanto o caso estiver sob judice. Já o presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, Valdir de Souza, afirmou que mesmo absolvido não vai continuar à frente da arbitragem estadual.

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