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Atualizado em 18/08/2006 às 15h56

A "novela" envolvendo o Atlético-PR e o atacante Dagoberto ganhou nesta sexta-feira novos ingredientes de um verdadeiro suspense de Hollywood. O advogado que representa o atleta, Fernando Barrionuevo, analisou a situação jurídica do contrato firmado entre o antigo xodó do Furacão e o clube e assegura que a multa rescisória nacional, estabelecida no contrato de 2002 – R$ 27 milhões – está acima do valor permitido pela Lei Pelé na época. Dessa forma, a cláusula acerca da multa para transferências nacionais poderia ser anulada e o jogador ficaria dispensado do pagamento de qualquer valor para se transferir para outro time do Brasil.

De acordo com os empresários Marcos Malaquias e Naor Malaquias, da Massa Sports, e que representam Dagoberto, o Atlético já tem conhecimento da "irregularidade" desde a última audiência entre as partes, realizada no dia 10 de agosto na 8.ª Vara do Trabalho de Curitiba.

Apesar do clube ainda não ter se pronunciado, os representantes do atacante garantem que ele fica no Furacão até uma decisão final da justiça, o que pode acontecer no dia 20 de outubro, quando uma nova audiência será realizada. "O Dagoberto tem contrato com o Atlético e vai cumprí-lo. O que levantamos apenas é a questão da multa quando ele assinou com o clube, que tinha um valor ilegal para a época", comentou Marcos Malaquias.

Ainda segundo o empresário, o atacante atleticano foi visto na manhã desta sexta-feira no Aeroporto Afonso Pena, o que aumentou as especulações sobre uma possível saída do atleta. "Ele apenas embarcou para o Rio de Janeiro, onde vai participar do julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Qualquer informação além disso é pura especulação", finalizou Malaquias. Na oportunidade, Dagoberto será julgado por hostilidades contra o lateral do Corinthians, Rubens Júnior, e pode pegar de um a três jogos de suspensão.

Opção

Os representantes do jogador acreditam que um acordo poderia sair. A opção para regularizar a multa rescisória do contrato de Dagoberto seria fixar um valor pela lei na época em que foi assinado em 2002. Tal valor ficaria abaixo da metade do fixado em contrato – o que corresponderia a menos de R$ 12 milhões. Além dessa questão, o advogado Fernando Barrinuevo afirma que as ações promovidas pela diretoria do Furacão contra o atleta poderão resultar em um pagamento de indenização por danos morais.

Procurada pela reportagem da Gazeta do Povo Online, a direção do Atlético-PR, por intermédio da sua assessoria de imprensa, afirmou que não vai se pronunciar sobre o caso.

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