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Acusações de racismo no futebol infelizmente não são novidades. Nesta quarta-feira, o argentino Maxi Lopez, do Grêmio, foi parar na delegacia por ter supostamente ofendidoElicarlos, do Cruzeiro, com palavras de teor racista. Na Libertadores de 2005, um caso bem semelhante a este foi motivo de muita polêmica. Grafite, então atacante do São Paulo, denunciou o zagueiro Desábato, do Quilmes, por tê-lo chamado de macaco. O argentino foi detido na delegacia e liberado apenas após pagamento da fiança.

Outros casos em território brasileiro envolveram acusações de ofensa por causa da cor da pele. Em 2006, o zagueiro Antônio Carlos, do Juventude, foi expulso de campo após dar uma cotovelada em Jeovânio, do Grêmio. Na saída de campo, o jogador do Alviverde teria esfregado os dedos no braço para indicar a cor de pele de Jeovânio, de forma pejorativa. Em 2005, no duelo entre Internacional e Juventude, o jogador colorado Tinga foi alvo de gritos de "macaco" pela torcida adversária, mas optou por não tomar nenhum tipo de atitude legal.

Recentemente, na edição 2009 do Campeonato Brasileiro, o jogador do Corinthians Elias disse ter sido alvo de preconceito por parte do atacante Felipe, do Goiás. Na partida válida pela 6ª rodada, no Serra Dourada, o volante corintiano disse que foi chamado de neguinho pelo esmeraldino. No Brasileiro do ano passado, o meia Carlos Alberto, que hoje é do Vasco, atuava com a camisa do Botafogo. Em uma partida contra o Coritiba, o jogador foi chamado de macaco por um torcedor do time paranense quando estava no banco de reservas. O meia prestou queixa contra o agressor.

Casos no futebol europeu

Não só no Brasil acontecem problemas do tipo. No Campeonato Espanhol, o camaronês Samuel Eto'o e o brasileiro Roberto Carlos foram vítimas de atitudes racistas dos torcedores de outros times. O atacante do Barcelona foi insultado pela torcida do Getafe em 2004. Além dos ataques verbais, os torcedores também imitavam macacos toda vez que o atacante tocava na bola. Mas os insultos não ficaram restritos aos adeptos do Getafe. Em outras ocasiões, quando Eto'o entrava em campo, torcedores adversários atiravam bananas em campo.

Já o lateral brasileiro Roberto Carlos, que jogava no Real Madrid em 2005, foi vítima de sons ofensivos e imitações que também faziam alusão a macacos pela torcida do Atlético de Madrid. O caso acabou indo parar na Federação Espanhola de Futebol, pois a denúncia era de que o Atlético fora cúmplice ao permitir que os sons da torcida fossem ouvidos no sistema de som do estádio.

O italiano Mario Balotelli, da Internazionale de Milão, foi vítima recente de preconceito por parte da torcida da Juventus. O clube de Turim foi punido e teve de disputar alguns jogos sem o apoio da torcida. Mesmo assim, torcedores da Juventus não se intimidaram com a pena e ofenderam novamente o jogador no início de junho, quando ele estava em um bar, em Roma. Além dos xingamentos, foram atiradas bananas em Balotelli.

Zico, técnico do CSKA, denunciou atitudes racistas dos adeptos do Dínamo de Moscou em uma partida válida pela Copa da Rússia em maio deste ano. O brasileiro revelou que foi obrigado a substituir o atacante nigeriano Maazou ainda no primeiro tempo de jogo, por perceber que o rendimento do jogador estava sendo prejudicado pelas ofensas e imitações de macaco vindas das arquibancadas. Exemplos deprimentes que persistem em atrapalhar o espetáculo do futebol.

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