• Carregando...
O paulista L. Chimenes festeja a surpreendente vitória no GP Paraná deste ano. Montando o paranaense Jaburú Vip, ele assumiu a dianteira somente nos metros finais | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
O paulista L. Chimenes festeja a surpreendente vitória no GP Paraná deste ano. Montando o paranaense Jaburú Vip, ele assumiu a dianteira somente nos metros finais| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Público

Lazer para todos os bolsos

Mesmo com o tempo fechado e um pouco de chuvisco, 12 mil pessoas foram ao Jockey Club neste domingo, o maior público em 30 anos. Diferentemente do que muitos podem pensar, o lugar não era só passarela das belas senhoras de salto alto e chapéus refinados. Aliás, essa era a minoria, que ficava concentrada na chamada Tribuna de Honra – única área paga para assistir à corrida. Nessa área VIP, além do desfile dos majestosos vestidos e acessórios, os donos das mais altas apostas (só a soma nos guichês chegaram a R$ 600 mil) posavam elegantes em ternos pretos clássicos.

Mas a grande maioria do público, que tomava a arquibancada e o gramado do Jockey, era das mais diversas classes sociais. Gente que gosta de cavalo, curte uma aposta ou, simplesmente, procura um programa diferente no domingo, como Fábio Luiz Mickosz, 24 anos: "Esta é a primeira vez que eu venho a uma corrida. Estamos achando tudo muito legal e tentando entender como funciona" , disse o rapaz, enquanto o colega Henrique Miguel Trzeciak Soria, recém-chegado da Bolívia, escolhia em quem apostar. "Na Bolívia não há corrida de cavalos, então eu não entendo nada disso, não conheço os cavalos. Mesmo assim, eu vou apostar. Estou procurando um nome forte, que tenha jeito de campeão", brincou o rapaz.

No meio de gente de todo o tipo, muitas famílias. Rosemeri Englemam, 28, e Acir Lima Rosa, 32, trouxeram os dois filhos (Eduarda, de 10 anos, e Raí, de 5) para um programa diferente. "Meu marido sempre vinha e, hoje, resolvemos trazer as crianças", conta.

  • Jóquei observa da pista apostadores que aguardam o início da prova no Tarumã
  • Evento atraiu público numeroso e heterogêneo para assistir aos nove páreos

Depois de vencer uma disputa acirrada com a égua Nozze Di Figaro, o cavalo paranaense Jaburú Vip, mon­­tado pelo jóquei paulista L. Chimenes, foi a surpresa da corrida do Grande Prêmio Paraná, que ocorreu na tarde de ontem no Jo­­ckey Club em Curitiba.

Apesar de os guichês de apostas acumularem inúmeros palpites para o bem cotado Jéca, o cavalo aca­­bou a corrida na 9.ª posição. Our Potri e Haraquiri, que também estavam na lista dos favoritos, terminaram em 5.º e 7.º, respectivamente.

Nozze di Figaro, chamada "menina do páreo" por ser a única égua da corrida, manteve-se na liderança até os 300 metros finais da corrida, que este ano passou a ter 2000 metros, em vez de 2.400. Nos últimos segundos da disputa, Jaburú ultrapassou a égua, conquistou o primeiro lugar, deixando para trás os outros 12 concorrentes com 2min09s. Landau as­­sumiu a segunda posição e Nozze Di Figaro e Quanto Mais, ficaram com o terceiro e quarto lugar, respectivamente.

Mesmo não tendo sido considerado um dos favoritos para ganhar a prova, o jóquei L. Chimenes, não se considera o azarão do GP. "Quem acompanha o nosso trabalho, sabe do nosso esforço e da qualidade do cavalo. Não somos 'o azarão'. Nós estávamos confiantes de que íamos vencer", disse o campeão.

Diferente de muita gente na plateia, que ainda conferia os papelotes de apostas, o criador de Jaburú era só sorrisos. Vencedor do 5.º GP como criador dos cavalos campeões, Jael Barros dava a receita para quisesse ouvir: "Seriedade, honestidade e muito trabalho. É isso que fa­­zemos... agora, perguntem quem vai ganhar o GP do ano que vem?", brincava com os amigos.

Quem foi contra os palpites dos favoritos e resolveu arriscar teve bom lucro, já que a vitória do cavalo paranaense pagou 14 por 1. Ou seja, quem fez a aposta mínima de R$ 2, levou R$ 28 para casa.

Outras provas

Antes da corrida GP Paraná, o even­­to contou com outros seis páreos. No primeiro (800 metros), o vencedor foi Great Fast com 45s08. No segundo (1.200 m), Abso­­lutista em 1min15s06; no terceiro (1.600 m), Perrengue em 1min41s01; quarto (1.200 m) foi o Zarco em 1min13s08; no quinto (1.600 m) o Alegria de Pobre 1min38s05 e na sexta corrida (1.600 m), Olho Clínico ganhou com 1min38s01 batendo o recorde da corrida em 1.600 metros.

Sem acidentes ou quedas, todas as corridas transcorreram sem eventualidades. Uma das vitórias mais comemoradas pelo público foi a do cavalo Alegria de Pobre. Por causa do no­­me sugestivo, muita gente acabou colocando as fichas no animal, que não decepcionou dentro da pista e fez a festa dos apostadores.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]