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Depois de 23 anos na presidência da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Roberto Gesta de Mello fez uma revolução na entidade. De acordo com o jornal "O Globo", o dirigente anunciou na última terça-feira mudanças drásticas na Assembleia Geral da entidade, que até então era formada apenas pelos 27 presidentes das federações estaduais do esporte. Agora, 11 medalhistas olímpicos (e os futuros), quatro técnicos de medalhistas individuais e os cinco clubes mais bem classificados a cada ano no Troféu Brasil terão direito a voto.

A decisão ainda precisa ser confirmada em reunião marcada para o dia 6 de março, em Manaus, local da sede da CBAt. Gesta colocará seu mandato em votação e se não obtiver maioria renunciará à presidência.

"Vou pôr meu cargo à disposição. Não teria legitimidade a permanência da nossa diretoria sem a aprovação deste novo colegiado. De que adianta permanecer numa função sendo contestado, sem apoio da comunidade que represento?", disse Gesta.

O presidente da Federação do Rio, Carlos Alberto Lancetta, foi ouvido assim como os outros presidentes de federações por Gesta antes de sua decisão, e deu apoio. Lancetta, porém, teme que questões jurídicas impeçam a mudança, por causa da remuneração que medalhistas olímpicos e treinadores recebem da Caixa Econômica Federal, patrocinadora da CBAt:

"Acho que pode não haver amparo legal para a mudança. Os remunerados pelo patrocinador da entidade não devem ter direito a voto. A não ser que abram mão do benefício".

Ex-velocista Robson Caetano diz que a medida dará mais legitimidade às decisões da CBAt, mas também trará mais responsabilidades para os medalhistas olímpicos, segundo o jornal. Além dele, também terão direito a voto Maurren Maggi, André Domingos, Arnaldo de Oliveira, Claudinei Quirino, Cláudio Roberto Souza, Edson Luciano, Joaquim Cruz, Nelson Prudêncio, Vanderlei Cordeiro de Lima e Vicente Lenílson.

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