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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não considerou um exagero pagar por dez dias a diária de 120 quartos de luxo para que ficassem vazios, no Hotel Mercure, durante a permanência da seleção em Goiânia. A CBF fez isso para dar privacidade aos atletas. Nesta quarta-feira, a equipe se despede de lá e segue para Brasília.

De acordo com o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, essa medida é de praxe e a decisão de bloquear o hotel em Goiânia já havia sido tomada com bastante antecedência. "Não houve exagero, o que se deve levar em conta é o investimento que a entidade está fazendo", disse. O jornal O Estado de S.Paulo revelou na edição desta terça o desperdício de dinheiro da CBF.

O Mercure tem 173 quartos e a seleção utilizou não mais que 50 desde que chegou à cidade na segunda-feira retrasada. Em várias situações, a CBF faz questão de manter seus jogadores isolados do contato com o público. Isso vem se acentuando ultimamente.

Não foi assim, no entanto, antes e durante a campanha do último título mundial da seleção, em 2002, na Coreia do Sul e Japão, quando por várias vezes a seleção dividiu os hotéis pelos quais passou com jornalistas e outros hóspedes. Na oportunidade, os atletas não eram intocáveis e até utilizavam os elevadores com outras pessoas estranhas ao grupo.

O fato de não considerar exagerado o número de 120 quartos luxuosos reservados para ficar trancados por dez dias contrasta, por exemplo, com a medida tomada pela CBF na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.

Em Johanesburgo, a seleção ocupou 50 dos 62 quartos do Hotel Fairway. Como a Fifa ajudou nas despesas com viagem e hospedagem de atletas e pessoal da comissão técnica, a CBF se encarregou de bloquear apenas 12 quartos em sua concentração na África. Tudo em nome da privacidade do grupo então comandado por Dunga, que teve direito a suíte mais cara do Fairway.

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