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Falta de autódromos em boas condições prejudica o esporte

A vinda dos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro, em 2016, não agrada a todos os esportistas. Não, pelo menos, aos automobilistas. Tudo porque o caderno de encargos da Rio-2016 inclui a demolição do autódromo de Jacarepaguá para a construção da Vila Olímpica.

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Promessa paranaense mira Fórmula 1

Entre os jovens pilotos paranaenses, um deles surge como a grande promessa para o futuro: o curitibano Jonathan Louis, de 16 anos. Este ano foi bastante especial para ele, que precisou se desdobrar para correr tanto de kart como na Fórmula Futuro, a nova categoria de base do automobilismo nacional, apadrinhada por Felipe Massa, e que garante ao campeão uma vaga na Academia de Pilotos da Ferrari.

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O Paraná iniciou 2010 como o estado com o maior número de pilotos filiados à Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), mas o ano correu sem con­­quistas expressivas, ao me­­nos nas principais categorias nacionais e internacionais. Re­­­conhecido como um celeiro no esporte, o estado já teve quatro representantes na Fórmula 1, e três deles correram lado a lado em 2001, mas segue tentando pegar o vácuo de estados como São Paulo e Rio de Ja­­neiro.

A principal categoria do ca­­len­­dário nacional, a Stock Car, viu oito pilotos paulistas e dois cariocas ocupando as primeiras colocações. Dos nove paranaenses no grid, o melhor foi o curitibano Júlio Campos, que subiu ao pódio em duas ocasiões e fechou o ano como o 11.º carro.

O ponto positivo da temporada foi o título do cascavelense Diogo Pachenki na Copa Mon­­tana, a "divisão de acesso" da Stock Car. Ele esteve no pódio cinco vezes, duas delas no lugar mais alto. Já entre os pesos-pesados da Fórmula Truck, o multicampeão da categoria, o beltrense Wellington Cirino, colocou o caminhão na 3.ª posição.

Fora do Brasil, nenhum paranaense participou das categorias mais tradicionais. Dois curitibanos, no entanto, pisaram fun­­do em carros de turismo. Ri­­cardo Zonta, que foi o único paranaense na história a pontuar na Fór­­mula 1, alcançou duas vitórias na concorrida FIA GT1. Mesmo não correndo quatro provas devido ao calendário da Stock Car, Zonta colocou sua Lamborghini na 6.ª colocação ao final do ano.

Não fossem as ausências, certamente teria somado mais pontos. "Considero as duas vitórias bas­­tante expressivas porque a categoria é muito disputada. Ven­­ci as etapas da Bélgica e Es­­pa­­nha, mas infelizmente faltei em quatro provas e não pude brigar pelo campeonato", lamenta. Por outro lado, já há seis anos na World Touring Car Cham­­pionship (WTCC), Augusto Far­­fus Júnior não conseguiu repetir os bons resultados de 2006 e 2009 [foi o 3.º], e teve de se contentar com a 7.ª colocação.

Se os resultados nas principais categorias não empolgam, dentro da realidade de grande parte dos pilotos brasileiros, o Paraná obteve conquistas importantes em modalidades como kart e arrancada, mesmo derrapando no já conhecido obstáculo financeiro. "Apesar de todas as dificuldades, o ano foi bom. Temos um automobilismo carente de recursos e precisamos de mais apoio de empresas paranaenses", alerta o presidente da Federação Para­­naense de Automobilismo (FPrA), Rubens Gatti. A fonte de recursos hoje é limitada a poucos patrocínios e recursos próprios da entidade. "Conseguimos fazer campeonatos bons e disputados, mas falta algo mais."

O campeão da Copa Montana, Diogo Pachenki, exalta a competência do Paraná em produzir pilotos capacitados. "É um estado muito forte e com pilotos mui­­­­to bons, sempre bastante com­­­­petitivos e brigando por cam­­­peonatos. Nomes não faltam, como o Rodrigo e o Ricardo Sperafico e mesmo o David Muf­­fato, que já foi campeão da Stock Car", diz.

Solução

Entretanto, a pergunta que fica é: o que fazer para sempre ter pilotos brigando por títulos? A resposta vale para qualquer outro esporte. Não trabalhando com atenção nas categorias de base, as conquistas não aparecem. "No mundo de hoje temos de estar sempre evoluindo. Saímos de uma fase extremamente amadora e estamos passando por uma profissionalização. Por isso o nosso foco precisa ser na base, formando pilotos de kart", afirma Gatti.

Ele sabe, no entanto, que criar um campeão e chegar a categorias como a Fórmula 1, é um caminho bastante complicado. "Temos vários pilotos com talento no kart. Eles têm potencial, mas infelizmente tem uma pe­­neira, quase uma loteria. Es­­peramos que ao menos um desses talentos se destaque", torce Gatti. Para Zonta, só o talento não basta e, sem apoio, as categorias de base não conseguirão produzir pilotos fortes. "O que falta na base no Paraná é o incentivo. Não tem incentivo nenhum e isso desmotiva demais quem está começando."

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