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Aos 35 anos de idade, depois de chegar à seleção brasileira, atuar em grandes clubes do Brasil e da Europa, o atacante Renaldo pode resolver parte dos problemas de dois clubes paranaenses. O jogador está próximo de acertar sua transferência do Paraná para o Coritiba. Caso o negócio se confirme, o atleta renderá R$ 650 mil ao Tricolor (R$ 500 mil pagos pelo Alviverde e mais R$ 150 mil de economia com salários até o fim do ano) e será o camisa 9 que o Coxa está precisando para encerrar o desperdício de gols.

A transferência do centroavante da Vila Capanema para o Alto da Glória também representaria o fechamento de um ciclo do matador no trio-de-ferro. Depois de surgir para o futebol no Atlético, em 1992, e ser o vice-artilheiro do Brasileiro de 2003 pelo Paraná, com 30 gols, o jogador desembarcaria no Couto Pereira.

Afastado dos gramados há dez dias por causa de uma tendinite, o goleador está a um jogo de estourar o limite de seis jogos para se transferir para outra equipe da Série A. Se ficar no Tricolor, ele já está vetado para as partidas de quinta-feira contra o Internacional e, provavelmente, de domingo contra o Paysandu. No Alviverde, o reforço teria 20 dias para entrar em forma.

O negócio seria sacramentado ontem à noite, em uma reunião entre as duas diretorias. Mesmo sem confirmar se já estava tudo certo, Renaldo e o presidente paranista, José Carlos de Miranda, deixavam claro, ontem à tarde, a possibilidade do acordo.

"Nada é imutável. O clube é profissional e tudo tem um preço. Se pagarem o que queremos, conversamos ", disse Miranda. "Isso aí é com eles (os dirigentes). Eu trabalho para me recuperar e treinar, e eles conversam. Não posso me colocar entre dois presidentes. Isso é problema deles", despistou o jogador, logo após conversar aproximadamente 15 minutos sozinho com o dirigente paranista.

Mais uma evidência de que o acordo estava próximo de ser selado ocorreu quando o jogador comentou o que a torcida paranista imaginaria com a possível transferência do ídolo para um dos maiores rivais.

"Seria uma ducha de água fria para os torcedores, mas eu respeito muito eles. Tanto que não estou me metendo em nada e são as diretorias que vão analisar. Não quero ser rotulado como mercenário, e sim como profissional", disse ele, que se recusou a participar do encontro de ontem.No Coritiba, a ordem foi negar qualquer chance de transação. Assim como já havia ocorrido no caso da contratação do meia Caio e na venda do zagueiro Miranda (que tiveram as negociações descartadas um dia antes de serem confirmadas), qualquer hipótese de negócio foi totalmente negada.

"Esqueça essa história. Você pega R$ 500 mil até o fim do ano e divide por cinco meses que faltam, dá R$ 100 mil por mês. Somado o salário, uns R$ 30 mil em cinco meses, dá R$ 650 mil. Com esse dinheiro e mais um pouco dá para contratar o Ronaldinho. É só fazer a conta", ironizou o presidente Giovani Gionédis.

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