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Para não perder o dia de trabalho, os jogadores do Paraná deram uma corrida leve no enlameado gramado da Vila Capanema | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
Para não perder o dia de trabalho, os jogadores do Paraná deram uma corrida leve no enlameado gramado da Vila Capanema| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo

O histórico relógio do estádio da Vila Capanema mostrava que o horário já havia passado das 19h30 quando o Paraná entrou em campo, ontem, no Durival Britto e Silva. Os jogadores, to­­dos de branco, vestiam uniformes de treinamento. Por causa da forte chuva que caiu no fim tarde e começo da noite de on­­tem em Curitiba, a partida contra o Iraty havia sido adiada. Ape­­sar do aguaceiro, que no momento havia se tornado apenas uma garoa, o jeito foi sujar o fardamento e treinar.

Cerca de meia hora antes do confronto, o árbitro Adriano Milczvski decidiu pela não realização do duelo. O juiz alegou que o gramado estava encharcado, o que poderia comprometer o espetáculo e, especialmente, a in­­tegridade dos atletas. "Há muitas poças d’água, e como ainda está chovendo muito, os jogadores correm risco de se machucar", disse Milczvski.

Por causa da intensidade da chuva, até os vestiários do Es­­tádio Durival Britto e Silva ficaram alagados. A maioria dos jo­­gadores que se aqueciam no cam­­po concordaram com a decisão. Para os goleiros do Tricolor, o estado do gramado não estava adequado para o futebol. "Está uma piscina. Têm muitas poças nas laterais", falou Juninho. "Im­­praticável", completou o reserva, Thiago Rodrigues. Por outro lado, para o arqueiro Walter, do Iraty, a partida tinha as condições mínimas para acontecer. "Já vi e já joguei em muito campo pior. Perdemos a viagem", afirmou.

Quando soube da situação, o vice-presidente administrativo da Federação Paranaense de Fu­­tebol (FPF), Amilton Stival, se­­guiu para a Vila Capanema. De­­pois de uma conversa com diretores dos dois clubes, o duelo foi remarcado para 13 de fevereiro, sábado de carnaval, às 18h30.

"De acordo com o regulamento, cabe ao árbitro tomar a decisão. Ele tem uma responsabilidade muito grande e, como sentiu que não havia condição, decidiu que o melhor seria não ter o jogo", explicou Stival.

A alteração da data, no entanto, implica prejuízo para ambas as equipes. O novo embate vai acontecer no período em que os clubes teriam um intervalo programado de até dez dias. O Paraná, por exemplo, jogaria na quarta-feira (10), contra o Cerâmica-RS, fora de casa, pela Copa do Brasil, e só voltaria a campo sete dias depois, em casa, diante do Operário. O Iraty, por sua vez, teria 11 dias para treinamentos entre os jogos contra Coritiba (6) e Serrano (17).

"Lamentamos, pois queríamos a segunda vitória seguida em casa. Mas a decisão foi a mais coerente", resumiu o técnico paranista, Marcelo Oliveira, em coletiva de imprensa. "Para nós (jogar no carnaval) seria muito prejudicial, pois iríamos fazer uma intertemporada nesse período. Vai mudar tudo", lembrou Gilberto Pereira, treinador do Azulão, antes de saber da remarcação.

Os poucos e corajosos torcedores que, apesar da água, compareceram à Vila Capanema, devem apresentar as entradas do jogo de ontem nas bilheterias do estádio na semana do novo duelo para assistirem ao jogo adiado. A diretoria não se pronunciou sobre devolver o di­­nheiro para quem preferir curtir o carnaval.

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