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Entrada do Estádio Willie Davids: Maringá, cidade com tradição no futebol regional, dificilmente terá representante no Paranaense do próximo ano. | Anady Iore/Gazeta do Povo
Entrada do Estádio Willie Davids: Maringá, cidade com tradição no futebol regional, dificilmente terá representante no Paranaense do próximo ano.| Foto: Anady Iore/Gazeta do Povo

A "Metamorfose" de Maringá

Grêmio Esportivo Maringá (1961-1971)

O Alvinegro ganhou dois títulos estaduais, em 1963 e 1964. Problemas financeiros levaram o clube a pedir um ano de afastamento na Federação Paranaense, mas nunca voltou.

Maringá Esporte Clube (1971-1973)

Começou alviceleste e passou a alvinegro. Durou pouco.

Grêmio de Esportes Maringá (1974-1996

Dirigentes do Esporte Clube Operário, clube amador da cidade, resolvem resgatar o antigo GEM criando um time com mesmo escudo e cores. Foi campeão paranaense em 1977 e vice em 1981. Cambaleou até fechar as portas em 1996.

Maringá Atlético Clube (1989-1990)

Tentativa frustrada de recuperar o esporte na cidade.

Maringá Futebol Clube (1995-1998)

Conquistou a Segunda Divisão estadual no primeiro ano. E só.

Grêmio Maringá – GEM (1998-2002)

A idéia era trazer de volta o primeiro time da cidade, campeão estadual em 1963 e 1964, mas problemas judiciais impediram o intento. Criou-se, então, uma espécie de clone. De feitos importantes, conquistou a Copa Paraná em 1999 e a Segundona do Paranaense em 2001. Dívidas forçam sua venda ao empresário Aurélio Almeida, dono do Real Brasil, que o transforma em Grêmio Maringá S/A.

Grêmio Maringá S/A (2002-2005)

Não se sustentou por muito tempo.

Galo Maringá (2005-2006)

Criado para não deixar a cidade órfã, conquistou a Segunda Divisão estadual em 2005. No fim de 2006, se fundiu à Adap Campo Mourão para dar origem à Adap Galo Maringá.

Adap Galo Maringá (2006-?)

Motivos financeiros podem levar a abandonar o futebol profissional.

Maringá Esportes Iguatemi (2006-?)

Amarelo, preto e dourado. Disputou a Divisão de Acesso este ano.

A cidade de Maringá deverá ficar sem futebol profissional em 2009. Saudosa dos tempos áureos do Grêmio, a torcida do município receberá, no início da semana que vem, a notícia de que a Adap Galo, a partir do ano que vem, só participará de competições amadoras, de base.

A decisão deve confirmar, em parte, o boato que começou semana passada na região – de que a parceira entre os clubes se desfaria e o Galo teria de iniciar de novo na Terceira Divisão, já que a vaga na Série Ouro era da Adap. Mas a história é um pouco diferente.

A sociedade entre os times de Campo Mourão e da Cidade Canção, firmada em 2007 será mantida. Mas a fusão servirá apenas para negociar atletas ou colocá-los em outras equipes em troca de uma porcentagem na venda. Seria algo semelhante ao que faz o PSTC com o Atlético, com a diferença que a Adap Galo, por enquanto, não tem um parceria fixa.

"É quase uma certeza que não vamos disputar o profissional", afirma Marcus Falleiros, empresário que detém 50% da parceria.

Entre os motivos da desistência, o principal é o prejuízo que o Campeonato Paranaense dá ao clube do interior. Principal-mente quando a equipe não chega à fase final ou, nas projeções para os novos moldes da competição, de pontos corridos, não disputa o título ou vaga à Copa do Brasil.

"Ficaremos só com as categorias de base. O profissional da prejuízo. E em uma cidade como Maringá, que cobra muito do time, não adianta colocar só meninos para jogar. É melhor não participar do que dar vexame", completa Falleiros.

Adílson Batista, a outra ponta da sociedade estava em reunião, não quis comentar sobre o abandono, mas também garantiu que a sociedade está mantida. Batista ainda tenta arranjar um patrocinador para que o clube dispute a Série Ouro. Ao menos foi esse o assunto da reunião que ele teve, na semana passada, com o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury.

Por isso, o dirigente maior do futebol do estado acabou sendo pego de surpresa com a possibilidade real de ter de mexer na competição prevista para começar no dia 25 de janeiro. Na nova fórmula, as 16 equipes se enfrentariam em turno único. Os oitos primeiros colocados se classificam para a segunda fase, de todos contra todos, em turno único também, de onde se conhecerá o campeão.

"Quando conversamos os dirigentes me falaram que estavam bem encaminhados com um patrocinador. Agora você me fala um coisa diferente. Se o Adap Galo desisitir, vou analisar com o jurídico. Mas só há duas opções a meu ver: fazer o campeonato com 15 ou subir mais um", afirma Hélio Cury.

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