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Os eleitores de três cidades do interior do Brasil enfrentam uma situação curiosa. Quase todos os votos da disputa para prefeito em Monte Alegre (RN), Cedro (CE) e Bom Jesus de Goiás (GO) aparecem como nulos, pelos dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Isso ocorre quando um TRE (Tribunal Regional Eleitoral) indefere as candidaturas dos concorrentes ao cargo. Com isso, nenhum voto válido é contabilizado nas eleições até que a Justiça Eleitoral decida pela liberação e o resultado seja conhecido.

De acordo com os tribunais, caso ambos os candidatos de cada cidade permaneçam indeferidos, ou se o candidato indeferido tiver obtido mais da metade dos votos, uma nova eleição será convocada. Em Monte Alegre, o TRE barrou a candidatura de Maria das Graças Marques Silva (PSD) e Severino da Irmã Dulce (PMDB), únicos que concorriam ao cargo, por irregularidades na campanha. Ao todo, votaram 14.094 eleitores. Foram 248 votos (1,76%) em branco, e os restantes acabaram anulados.

A candidata do PSD, que liderava as pesquisas de intenção de voto, teve sua candidatura indeferida por seu vice, Sólon Ubarana da Silva, ter suas contas rejeitadas. "É um fato inédito. Não se trata de nenhuma falha. Assim que forem julgados, seja qual for a instância, sairá o resultado", disse o secretário de Tecnologia da Informação do TRE-RN, Osmar Fernandes, em nota na página da instituição.

Na cearense Cedro, 98,62% dos votos concedidos a João Viana (PP) e Dr. Nilson (PSB) também foram anulados pela Justiça Eleitoral. Do total de votos, 1,38% foram em branco.

Viana teve o afastamento pedido pelo Ministério Público Federal, por suposto desvio de R$ 572.749,00 em contrato feito com empresa fantasma. Segundo a denúncia, a empresa era responsável por construir 342 cisternas e apenas 145 delas foram entregues à população.

Em Bom Jesus de Goiás (GO), o atual prefeito Adair Henriques (PSDB) e Fernando Luís (PMDB), cujos votos somam 98,09%, também aguardam uma decisão do TSE. A cidade teve também 1,91% de votos em branco.

Henriques, que disputava seu quinto mandato, foi condenado em fevereiro por improbidade administrativa. Segundo o Ministério Público, o tucano destinou uma área do município reservada para a construção de casas para famílias de baixa renda a servidores da prefeitura.

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