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Soberano, Junior Cigano acerta golpe em Frank Mir | Divulgação UFC
Soberano, Junior Cigano acerta golpe em Frank Mir| Foto: Divulgação UFC

UFC 147

Vitor Belfort quebra a mão em treino e adia combate com Wanderlei Silva

A revanche mais esperada do ano pelos amantes de artes marciais mistas (MMA) não vai mais acontecer. Com uma lesão mão esquerda, o carioca Vitor Belfort não irá mais enfrentar o curitibano Wanderlei Silva no UFC 147, marcado para 23 de junho, em Belo Horizonte. O incidente foi revelado na madrugada de ontem pelo presidente do UFC, Dana White, após a coletiva de imprensa do UFC 146, que aconteceu em Las Vegas. Segundo White, Belfort quebrou a mão em uma sessão de treinos. "Eu acordo essa manhã e o Vitor quebra a mão. Ele vai ter de passar por uma cirurgia", disse o mandatário, que já está em busca de um novo rival para Wanderlei, que está mantido na luta principal do Ginásio Mineirinho. Pelo Twitter, Belfort lamentou o ocorrido e postou uma foto da mão machucada. "Não consigo dormir pensando no que aconteceu. Estou muito triste, muito triste, mas sei que irei voltar forte", escreveu o lutador.

Junior Cigano dos Santos foi perfeito em sua primeira defesa de cinturão no Ultimate Fighting Championship (UFC), na madrugada de ontem, em Las Vegas (EUA). O brasileiro não só venceu o desafiante Frank Mir na cidade natal do rival, como nocauteou o americano em uma atuação sóbria e inteligente. De quebra, o catarinense sentiu o gosto de vencer o algoz da derrota mais sofrida de seu mentor, Minotauro Nogueira.

"Aquela luta ficou entre eles. Respeito muito o meu mentor, mas vim para defender meu título e foi isso que fiz", enfatizou o campeão.

Dos Santos (15-1), que agora chega a nove triunfos consecutivos na carreira, mal conseguia esconder o sorriso após mais um duelo bem-sucedido. Ainda no octógono, com uma bandeira no Brasil nas costas, o pequeno Breno, um menino carente que treina em sua academia em Salvador, nos ombros, e o título da categoria mais importante do campeonato na cintura, o lutador vibrou.

"Estou me sentindo muito bem, é demais", comemorou, com um inglês em franca evolução. "Tentei cansar ele no primeiro round, essa era minha estratégia. E funcionou", emendou o lutador, que um dia antes havia previsto vitória por nocaute no segundo round, como aconteceu.

Especialista no jiu-jítsu, Mir tentou levar o combate para o solo nos primeiros minutos. Sem sucesso, teve de jogar o jogo do brasileiro, um boxeador nato dono das mãos mais rápidas da divisão.

"Sabia que seria muito difícil derrubá-lo. Não queria fazer uma luta de boxe, mas ele me forçou", lamentou o americano.

Após quase nocauteá-lo no fim do assalto inicial, Cigano levou o adversário ao solo novamente no round seguinte, com um potente direto de direita. Depois, com mais alguns ataques com o americano caído, o árbitro interrompeu a luta, para delírio da torcida – quase toda a favor do catarinense.

Dana White, presidente do UFC, fez questão de ressaltar a supremacia técnica do brasileiro. "Ele tem força, velocidade, boa defesa de quedas. Ele tem tudo", elogiou.

Perguntado se Cain Velas­­quez, lutador que Cigano derrotou no ano passado para con­­quistar o título, seria o próximo desafiante, o mandatário abriu um sorriso e respondeu nas entrelinhas.

"Acho que é uma boa ideia. Eu gosto dessa luta. Cain esteve invicto por muito tempo, perdeu para o Junior... É uma boa luta", confirmou White.

O reencontro agrada o catarinense, que ontem teve o apoio de milhares de fãs brasileiros no MGM Grand Garden, cuja lotação foi de apenas 14 mil pessoas. Ele já imagina esse combate em outro contexto.

"Acho que isso pode acontecer no Brasil. Podemos fazer essa luta em um estádio cheio", concluiu Dos Santos, cujo sorriso não foi subtraido nem quando lhe informaram que sua luta não foi transmitida ao vivo na Rede Globo por causa da rapidez com que os outros combates terminaram.

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