• Carregando...

Nassau, Bahamas - Enquanto subsedes brasileiras da Copa-2014 têm dificuldades para arranjar investidores privados, a Fifa já tem garantida sua renda relativa ao Mundial de daqui a cinco anos. Foram fechados todos os contratos de patrocínio grandes e um local e parte dos acordos de televisão, o que já garante a viabilidade financeira para a entidade.

Mas nenhuma parte desse dinheiro arrecadado pela Fifa vai ser usado para a construção de estádios ou infraestrutura para a Copa, que são garantidos pelos governos estaduais. Haverá repasses para o COL (Comitê Organizador Local) em montantes bem menores.

"Os contratos já estão todos assinados. Não haverá problemas para a Copa (2014)’’, explicou o membro do Comitê Executivo da Fifa Jack Warner. Ele disse que os acordos foram feitos antes da crise econômica.

Relatório da Fifa mostra arrecadação de US$ 253 milhões (R$ 499 milhões) com direitos de marketing no ano passado. Em direitos de tevê, a entidade ficou com US$ 550 milhões (R$ 1,085 bilhão). O total da receita foi pouco inferior a US$ 1 bilhão (R$ 2 bilhões).

Quase toda a receita é referente à Copa. Até os patrocinadores permanentes da Fifa (são seis) só têm acordos pela garantia de aparecer no Mundial. Os novos contratos para 2014 foram fechados no primeiro semestre de 2008, com a Castrol e a Continental.

Do Brasil, o Banco Itaú foi anunciado oficialmente como patrocinador do Mundial local. Outros cinco contratos deste tipo vão ser fechados. Neste caso, o COL pode ficar com a verba.

O comitê organizador da Copa na África do Sul, no entanto, recebeu apenas US$ 130 milhões (R$ 256 milhões) em 2008. Esses repasses da Fifa são progressivos: crescem conforme o Mundial se aproxima.

Os custos da entidade com os Mundiais é maior do que o dinheiro dado ao COL. Foi de US$ 344 milhões (R$ 679 milhões) em 2008. Mas incluiu congressos e viagens e hospedagens de cartolas.

Por sinal, se os repasses da Fifa para os comitês locais são magros, os gastos com salários de dirigentes, viagens e congressos não é pequeno. Há, por exemplo, US$ 12 milhões (R$ 24 milhões) reservados para pagar pensões para os membros do Comitê Executivo da Fifa, os 24 cartolas que escolheram as cidades-sedes do Brasil no Mundial. Com oito anos de casa, um dirigente já tem direito a aposentadoria.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]