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Marcelo Oliveira, técnico do Coritiba, é o símbolo do êxodo paranista para o Alto da Glória | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Marcelo Oliveira, técnico do Coritiba, é o símbolo do êxodo paranista para o Alto da Glória| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Personagem

Luiz Camargo evita polêmica

O volante Luiz Camargo é um dos poucos jogadores do atual elenco do Paraná que trabalharam com o técnico Marcelo Oliveira no ano passado. A relação entre os dois foi conturbada e, indiretamente, resultou na demissão de Oliveira, hoje no rival Coritiba.

Em outubro do ano passado, antes da partida contra a Portuguesa, válida pelo segundo turno da Série B, o volante se irritou com a opção do técnico em deixá-lo na reserva e se recusou a viajar com a delegação para São Paulo. Na partida, o Paraná foi goleado por 6 a 1 e Marcelo Oliveira acabou demitido.

Mais de três meses depois do episódio, treinador e atleta voltam a se encontrar no Paratiba, desta vez em lados opostos. Camargo prefere não alimentar polêmica com o ex-técnico paranista. "O reencontro vai ser tranquilo. Não tenho nada contra o Marcelo Oliveira. Ele fez as opções dele, mas isso já passou", declarou. (AR)

Marcelo Oliveira diz não temer a reação da torcida

Quando sair hoje do túnel que liga o vestiário dos visitantes ao gra­­mado da Vila Capanema, um flashback passará pela cabeça do técnico Marcelo Oliveira. Co­­man­­dan­­te paranista durante a maior parte da Série B do ano passado – foi substituído justamente por Roberto Cavalo –, o mineiro ga­­ran­­te que não está preocupado com a pressão da torcida tricolor, que agora jogará contra ele.

"Tenho grande respeito, mas a reação da torcida não me importa. Importa sempre a reação do meu próprio torcedor, com apoio constante para nos ajudar a buscar a vitória", cravou.

Responsável pela única derrota do Alviverde no Estadual de 2010, Oliveira, que também reecontrará o goleiro Luís Carlos e o volante Luiz Camargo, não admite o favoritismo. "To­­do jogo tem sua história. Aquela já passou. Sou da teoria de que todo jogo é difícil e, com trabalho e entrega, podemos fazê-lo menos complicado." (FR)

Paraná x Coritiba

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Heber Roberto Lopes. Auxs.: Roberto Braatz e Ricardo Vilar Neves.

Paraná: Luís Carlos; Paulo Henrique, Carlinhos, Rafael Vaz e Henrique; Luiz Henrique Camargo, Javier Mendez, Serginho e Taianan; Chimba e Tito. Técnico: Roberto Cavalo.

Coritiba: Édson Bastos; Jéci, Pereira e Emerson; Jonas, Leandro Donizete, Léo Gago, Rafinha e Eltinho; Marcos Aurélio e Leonardo. Técnico: Marcelo Oliveira.

Quando o ônibus do Coritiba chegar à Vila Capanema hoje para o primeiro clássico do Paranaense 2011, uma legião de ex-paranistas terá a sensação de reencontro. Vá­­rios integrantes do atual elenco alviverde estão mais habituados ao Durival Britto do que com o próprio Couto Pereira, casa que acabam de adotar. Com passagens curtas, longas, recentes ou antigas, pelo campo ou pela comissão técnica, dez profissionais que defenderam o Tricolor estarão, a partir das 17 horas, do lado oposto.

O interesse coxa nos atletas do "coirmão" é recorrente e muitos já fizeram a ponte entre a Vila e o Alto da Glória. Mas nunca tantos ao mesmo tempo. A ponto de a torcida tricolor estar muito mais familiarizada com os rivais do que com a sua própria equipe. Cir­­cuns­­tância agravada pela intensa reformulação no fim do ano, com despedidas por atacado e a contratação de mais de um ti­­me inteiro. Situação refletida na tabela: a liderança alviverde x a lanterna tricolor (até o fim da se­­gunda rodada).

"O grupo do Paraná mudou muito. Fica difícil falar daquela época e de hoje", disse o meia Davi, após uma pausa e esboçando certo pesar pelo seu ex-clube. Ele esteve na Vila em 2009 e fará a sua estreia hoje com a camisa verde e branca. "Uma diferença é que o Coxa tem jogadores identificados com o clube, há dois, três anos aqui. Já o Paraná não consegue isso porque troca as peças constantemente. Mas é um time forte no estado e quando se acertar vai dar trabalho", prevê o jogador.

Assim como Davi, Leonardo, Eltinho e Léo Gago chegaram tanto ao Tricolor quanto ao Coxa via empresa L.A. Sports de agenciamento de atletas. Rafinha, com passagem pelo clube em 2009, Anderson Aquino em 2010 e Tcheco, único revelado pelo Paraná, mas dispensado logo após o título estadual de 1996, completam a lista atual de atletas com a dupla Paratiba no currículo.

A cobiça do Coritiba também mirou o banco de reservas. O técnico Marcelo Oliveira trabalhou no Paraná no ano passado, foi chamado para substituir Ney Franco e levou com ele o auxiliar Cleocir Santos, o Tico, e o preparador físico Juvenilson de Souza. "Prefiro falar do Coritiba. É o meu clube hoje. Estou muito satisfeito com o trabalho que está sendo desenvolvido", disse às vésperas do clássico. Sobre o antigo empregador apenas um "tenho muito respeito".

Já o paranista Roberto Cavalo, que treinou Davi e Rafinha, não se importou em falar dos oponentes. "A gente sabe que eles conhecem bem o campo, a nossa torcida. Esses jogadores que já jogaram aqui são bons. Tanto que saíram, foram para o Coritiba e estão bem. São líderes. Conversamos com os que estão aqui que, para sair, eles têm de mostrar um melhor futebol", ensina.

O presidente Aquilino Romani rebate. "Não vejo o Paraná como um trampolim para outros times. Essas mudanças fazem parte do mundo da bola. Se tivéssemos condições de pagar os salários que o Coritiba paga hoje, quem sabe, teríamos os jogadores aqui conosco. Mas nossa realidade é outra, pois não podemos atrasar os pagamentos. Nós também ficamos felizes quando nossos atletas conseguem bons contratos com outros times", justifica o dirigente, sobre o êxodo pró-rival.

Ao vivo

Paraná x Coritiba, às 17 horas, na Rádio 98 (FM 98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo.

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