Copa do Mundo devia ser todo ano. Esse não é um pensamento simplista de algum fanático por futebol e sim um consenso unânime de três especialistas em preparação física. Riva de Carli, do Atlético, Alexandre Lopes, do Coritiba, e Juvenilson Oliveira, do Paraná, concordam: a parada da Copa foi essencial para preparar melhor os times para a volta do Brasileirão Séries A e B. Tudo bem que a Copa perderia o charme se fosse anual; sendo assim, a briga (já antiga) é por um calendário melhor."Eu gostaria que esse prazo fosse no começo do ano, para começar o Paranaense, seria o ideal", comentou o coxa-branca Lopes. "Os Estaduais ficaram espremidos, os atletas ficaram sem férias...", reclamou. O colega Riva, do Atlético, viu de perto o problema: logo no início do Estadual perdeu o meia Paulo Baier. "Campeonato Regional é um problema para todo mundo. Você está sujeito a lesões mais graves, foi o caso do Paulo." A parada, no entanto, deu a todos a mesma oportunidade. Agora todos recomeçam iguais.
"Foi positiva a oportunidade, para tratar contusões, por exemplo. Quem não se preparou adequadamente nesse período, em teoria, terá mais dificuldades. Vai depender da desenvoltura de cada time", afirmou Riva, que ganhou o volante Claiton no período. O Atlético entrou na Copa na ZR da Série A e (graças à perda de pontos do Grêmio Prudente no STJD) voltará fora. Já Coritiba e Paraná cumpriam boa campanha, dentro do G4. O Tricolor inclusive lidera a Série B. "A gente vai ter um rendimento à altura na volta, com certeza, ainda que nos primeiros jogos pode encontrar alguma dificuldade", comentou Juvenilson Oliveira, do Paraná, que espera que em até três jogos o time readiquira o ritmo.
Para antecipar o prazo, os três preparadores físicos aprovaram os vários amistosos do trio. O Coxa disputa um torneio em Florianópolis. "Faz parte do nosso planejamento. Se não tivesse o torneio, teríamos marcado amistosos", disse Lopes, sobre os encontros com Grêmio, Avaí e Vasco. No Coritiba, jogadores importantes como Marcos Aurélio, Renatinho e Pereira já estão recuperados. Todas as equipes deram folga a seus jogadores, que voltaram com a pilha toda, de acordo com os relatos. "Tão importante quanto o treinamento é o descanso", afirmou o coxa-branca. "Isso tem que casar com o ritmo de jogo", observa o atleticano, que viu o time reserva vencer um torneio em Londrina. No Tricolor, uma semana no Ninho da Gralha, para observação alimentar e de descanso. O período só não foi maior por razões financeiras. "A ideia não é deixar o grupo de castigo e sim fazer um complemento do trabalho", contou o paranista.
No dia 13 de julho, Coxa e Paraná estarão em campo; no dia seguinte, é a vez do Furacão. "O saldo geral é de que a parada foi boa, o grupo está superbem", confia Riva. "Todos estão à disposição do Ney", afirma Lopes, incluindo na lista os reforços Sandro e Betinho. "Estamos com um grande ambiente", propaga Oliveira. No dia 15, torcedores das três equipes já saberão se a parada foi realmente benéfica ou a se Copa deveria voltar o quanto antes.
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