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Pressão. Essa é a ação que os dirigentes dos clubes de futebol irão realizar com mais força em Brasília para conseguir a aprovação da Timemania, loteria criada pelo governo federal para ajudar os times brasileiros em débito com os cofres públicos. Está prevista para hoje, na Câmara dos Deputados, a votação do projeto que regulamenta a iniciativa. A confirmação da pauta ainda depende do presidente da Casa, Severino Cavalcanti.

O maior adversário dos clubes são os deputados da oposição, que apenas admitem a votação se as agremiações tiverem a obrigatoriedade de se tornarem empresas. A exigência não agrada aos cartolas, aumentaria a carga de impostos nas agremiações. Além disso, mesmo depois de aprovada, a loteria só deve entrar em vigor após seis meses – tempo de implantação pela Caixa Econômica Federal.

Um ofício do Clube dos 13 convocou os presidentes das 20 equipes que integram a entidade para estar no Congresso fazendo looby pela homologação do projeto. Atlético, Coritiba e mesmo o Paraná, que não faz parte da entidade, estarão representados na capital.

O presidente coxa-branca, Giovani Gionédis, embarca hoje pela manhã cheio de planos para usar a renda que cabe aos clubes nos lucros da Timemania. Segundo ele, o Alviverde tem impostos atrasados até 2002, e poderia quitar essa dívida.

"Esta loteria é a salvação da maioria dos clubes brasileiros. Acredito que em três anos podemos sanear os impostos atrasados com o governo. Pelo que já nos passaram, existe a possibilidade de cada time da Série A ter R$ 300 mil de verba mensal da Timemania", revelou.

José Carlos de Miranda, presidente do Paraná, está em Brasília desde ontem. O dirigente atacou os parlamentares que estão travando a votação do projeto. Para ele, há deputados querendo aparecer.

"Alguns deputados querem fazer oposição por oposição com a intenção de aparecer na mídia. Quem quer que vire clube empresa é quem nunca trabalhou no dia-a-dia do futebol. A gente arrecadará cerca de 30% e terá de pagar 28% em impostos", argumentou.

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