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O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) investiu em tecnologia de ponta para auxiliar atletas e comissões técnicas durante a Olimpíada de Londres. Diagnósticos médicos poderão ser realizados à distância, por meio da telemedicina, e as imagens de toda a competição serão analisadas e compiladas por uma equipe de especialistas.

No primeiro dia oficial de operação do Crystal Palace, o COB promoveu um tour para os jornalistas em Londres e exibiu algumas das inovações introduzidas na equipe. A primeira delas já é a existência de um local exclusivo para a permanência do time brasileiro, experiência inédita para o País até hoje.

Mas o apoio tecnológico, tanto na área médica quanto na ciência do esporte, é um avanço considerável para a equipe. Para auxiliar os profissionais da saúde (cinco médicos, quatro fisioterapeutas, quatro massoterapeutas e um quiropraxista), a telemedicina será colocada em prática.

A inovação veio por meio de uma parceria com a Universidade de Miami, que auxilia o exército americano até na realização de cirurgias nos soldados que combatem no Iraque. Um robô conecta profissionais que estão em Londres com colegas em qualquer parte do mundo por meio de uma videoconferência, algo o que não é necessariamente uma novidade. A grande diferença é que a máquina se comporta de maneira que permite se aproximar do objeto analisado, em movimentos quase humanos.

O intercâmbio já foi utilizado no diagnóstico da ginasta Laís Souza, cortada da equipe brasileira após sofrer uma fratura na mão. "Consultamos um especialista em mão em Miami e ele nos ajudou a definir o corte da atleta", contou o médico-chefe do COB, José Padilha, que faz questão de ressaltar que a máquina não substitui o homem.

Na área da ciência do esporte, a delegação terá o inédito apoio de uma equipe de sete profissionais que farão análises das imagens de todas as competições. Em uma sala, estes especialistas gravarão os 41 canais de transmissão de TV dos Jogos e, depois, editarão as imagens para fornecer dados a atletas e técnicos. "Poderemos fazer comparações com adversários e também de atletas contra eles mesmo, buscando estatísticas, por exemplo", explicou Luis Viveiros, coordenador da área de Ciência do Esporte do COB.

O trabalho de análise de vídeos é normalmente utilizado por confederações, mas esta é a primeira vez que o Brasil terá uma "central" para providenciar o material. "Teremos o sinal da transmissão oficial e também especialistas em campo, buscando imagens específicas", disse o profissional.

Treino com desconhecidos

O Crystal Palace é um centro de treinamento cercado por um parque. Suas instalações são utilizadas tanto por atletas de alto rendimento (as equipes do futebol e handebol feminino, assim como o basquete sobre rodas da delegação britânica) como pela comunidade que mora no bairro. Até por isso, os atletas brasileiros terão que dividir espaço com "pessoas comuns" em uma das áreas do CT: a academia de ginástica.

Para Freire, não haverá prejuízo. Segundo o superintendente do COB, a academia da Vila Olímpica é apenas um pouco maior que a do Crystal Palace. "A diferença é que lá será utilizada por 17 mil pessoas. Aqui, teremos, no máximo, umas 20 de cada vez".

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