• Carregando...

O vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, se manifestou de forma dura ontem para criticar a preparação do Rio para a Olimpíada de 2016. O dirigente australiano qualificou os Jogos no Brasil como "o pior" que já viu, mas assegurou que não há um "plano B" ao assegurar que a competição seguirá na capital fluminense.

No último dia 10, o COI anunciou uma verdadeira intervenção na preparação do Rio para poder assumir parte significativa do comando das obras do evento, com a contratação até mesmo de uma consultoria independente que irá avaliar diariamente o andamento dos trabalhos. A decisão ocorreu depois que o presidente da entidade, Tomas Bach, passou a ser pressionado por federações esportivas que denunciaram atrasos preocupantes.

E, ontem, durante fórum realizado em Sydney, na Austrália, Coates afirmou que o COI foi obrigado a promover medidas "sem precedentes" junto ao Comitê Rio 2016 para que as obras sejam concluídas dentro dos prazos estabelecidos. Ele enfatizou que a entidade precisou criar uma força-tarefa especial porque "a situação era crítica" na preparação para a Olimpíada.

"O COI adotou uma postura de ‘mãos na massa’, o que é sem precedentes [na história da entidade], mas não há plano B. Nós estamos indo para o Rio", afirmou o dirigente, que depois acrescentou: "Nós temos ficado muito preocupados, eles [organizadores dos Jogos] não estão prontos de muitas formas. Temos de fazer isso [o evento] acontecer e essa é a abordagem do COI, você não pode fugir disso".

As declarações de Coates foram reproduzidas por meio de um comunicado divulgado pelo Comitê Olímpico Australiano (AOC, na sigla em inglês), no qual ele ainda comparou a situação do Rio com a vivida por Atenas, na Grécia, em sua preparação para a Olimpíada de 2004. "Acho que a situação é pior do que em Atenas. Até agora, os preparativos da capital grega haviam sido os piores que eu já vi", afirmou Coates, que já realizou seis viagens ao Rio.

Em resposta às críticas, o Comitê Rio 2016 pregou "engajamento" e "foco no trabalho" na preparação da capital fluminense para sediar a Olimpíada daqui a dois anos. Destacou ainda dois fatos recentes para mostrar a evolução dos preparativos do Rio: a divulgação do orçamento dos projetos de legado para a cidade e o lançamento das licitações do Parque Olímpico de Deodoro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]