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Quando os nossos três clubes estão envolvidos com fortes emoções, a nossa Curitiba fica diferente. Outro dia uma atriz, cujo nome não gosto de citar, disse que o curitibano é depressivo e feito à moda de regimes totalitários. Esta senhora deveria viver as reações da população curitibana quando há uma espécie de festa coletiva, que se multiplica de forma acelerada e faz da cidade um majestoso cenário que expõe as mais legítimas repercussões do interior de homens, mulheres, adolescentes e adultos. É a Curitiba de raízes populares impregnadas em todas as classes sociais. É a cidade que se envolve com o coletivo representado por nossos entusiastas torcedores de futebol. Nossos estádios estão sendo tomados, novamente, pelas famílias com gente de todas as idades. Dentro dos locais dos espetáculos as confusões estão se reduzindo e quando acontecem repetem a mesma brutalidade das "ítalas" desde os tempos de Mussolini.

A semana que terminou nos mostrou cenas fantásticas de alegria e muita festa. Não se resumiu aos estádios. O clima extrovertido começou dias antes e teve seu ponto mais significativo nos estádios do Coritiba e do Atlético, mandantes dos jogos realizados pelo Campeonato Brasileiro sábado e ontem. Os dirigentes, sempre os grandes culpados de tantos erros, estão aprendendo. O Coritiba encontrou a paz política e com a ajuda de todos corre em busca da glória de voltar à Primeira Divisão. O Atlético e o Paraná erraram muito na condução do futebol. Procuram a recuperação. Pressionado pela realidade e tomado por um surto de extrema humildade os dirigentes ouviram a voz de vários jornalistas, de milhares de torcedores e das sombrias cadeiras vazias da Baixada e reduziram os preços dos ingressos. A arrogância nunca foi boa conselheira.

Vamos implementar uma política de sensibilização dos torcedores, e o futebol cumprirá crescentemente uma inestimável contribuição social.

O exemplo do Corinthians

Não foi por falta de aviso. Comentei o assunto em uma das colunas que escrevo duas vezes por semana. Os conselheiros do grande clube paulista fizeram forte movimento contra a parceria, ruinosa e agora falida, com a MSI. Alberto Dualib pretendeu se eternizar na presidência do clube. Ganhou títulos, mas permitiu o maior abalo moral que um clube brasileiro sofreu. É acusado de lavagem de dinheiro (será o único do Brasil?) e outros descalabros vergonhosos. Chega à renúncia. A verdade floresceu e os jardins do Parque São Jorge ficaram negros. Luto e vergonha.

esportes@gazetadopovo.com.br

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