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A ressonância da vitória elástica do Coritiba sobre o Palmeiras não se limitou às fronteiras do Paraná. Foi muito além do Brasil, mexendo com torcedores pátrios que moram no exterior. Impressionante os efeitos da moderna tecnologia com repercussão imediata nas comunicações. Mensagens de vários lugares chegaram ao colunista. Quase todas de gente que não torce pelo Palmeiras, como corintianos, são-paulinos e santistas. E, para minha surpresa, até de alguns palmeirenses insatisfeitos com o time atual, que está longe de receber apoio unânime da torcida. O que me importa mesmo é o reconhecimento aos méritos do Coritiba. Para muitos, o acaso, para outros, as virtudes ainda ignoradas fora do Paraná e, para nós, paranaenses, a incontida felicidade pelo êxito estrondoso do futebol que impactou o mundo dos apreciadores do jogo bem jogado, com classe, determinação e arte.

As piadas gozando o Palmeiras e o experiente e capaz treinador Luiz Felipe Scolari estão na internet com rara constância. Antes do jogo, Felipão perdeu a humildade e menosprezou o Coritiba, depois foi obrigado a engolir o veneno das palavras jocosas que utilizou. Lembrei-me do velho atleticano e querido amigo Wilkis Amazonas Correia: há ocasiões em que a palavra vale prata e o silêncio o peso do melhor ouro. Felipão não soube ser humilde o suficiente, ser justo, correto e analista com distanciamento crítico. Uma lição aplicada para muitos que perseguem a fama, esquecendo que estão cercados por tanta gente que pretende o topo da glória, com indomada obstinação.

Estou voltando de São Paulo, depois de paraninfar um casamento perto de Sorocaba, na pequena e turística cidade de Piedade, na serra de Parnaíba. De torcedores adversários do Palmeiras fui solicitado a falar do que é o futebol paranaense na intimidade. Evidente que com ênfase para o Coritiba. Mas, o Atlético e o Paraná Clube também foram citados. O primeiro por ter uma estrutura tão boa e parcas (não confundir com porcas) revelações. E o Paraná porque nasceu grande e foi levado ao estado minúsculo em que se encontra. O mundo está sabendo de tudo e de todos que são personagens públicos instantaneamente. Infelizmente produzimos poucas boas notícias. Na política, ganha destaque a agressividade nada conveniente de Roberto Requião, com sede e fome de ofender adversários. Gosto das verdades que o nosso senador diz, mas, não tolero a mão pesada que desce sem complacência, injustamente, em vários episódios.

O Coritiba dá um belo exemplo de como é possível promover, com grandeza, o estado do Paraná.

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