A vida me ensinou lições fantásticas. Uma delas: quem não tem postura ética no dia-a-dia, que ética terá no exercício profissional? Quem não valoriza a credibilidade, que tratamento dispensará à verdade? Todos os dias converso com leitores e ouvintes e procuro valorizar princípios morais, tão raros neste mundo de perdições.

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Começo pela independência dos jornalistas. Jornalista precisa estar acima de qualquer subordinação. Precisa ser investigativo, como esta Gazeta faz todos os dias. Não deve confundir o que é de consumo público com o que é de interesse pessoal. Quem lê, ouve e vê merece respeito. É necessário condenar a safadeza e a falta de vergonha. Denunciar a imoralidade que grassa no futebol e esgota a paciência dos torcedores.

Operação Navalha

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Não é só na vida pública que o Brasil precisa ser passado a limpo. O futebol tem nos dado péssimos exemplos. Negócios suspeitos, locupletamento espúrio, fraude no recolhimento de impostos, transação de jogadores com ganhos financeiros desonestos. E a sonegação da contribuição previdenciária. Dinheiro desviado das miseráveis pensões e aposentadorias de milhões de brasileiros.

Pois está na hora de fazer uma varredura, uma devassa na intimidade dos clubes e identificar as malandragens que sustentam tanta safadeza e falta de vergonha. É impressionante o número de leitores que pedem atitude firme contra a imoralidade no futebol. É gente que está cansada de ser enganada por dirigentes indecentes, mentirosos, ladrões da esperança dos torcedores, eternamente enganados pelos espertalhões sem ética e credibilidade.

O futebol dos dias atuais envolve muito dinheiro sem origem conhecida.

Aí está a guerra deflagrada pela possibilidade de 2014 ser o ano da Copa do Mundo no Brasil. O empenho não é pela honra de sediar o evento. O que está em jogo é o fantástico volume de dinheiro que a Copa vai injetar. Em investimentos e nos bolsos gananciosos de muita gente. Aqui no Paraná os soldados já deixaram as trincheiras e fazem tiroteio nas ruas, na mais nauseante exposição de sujeira. Uns são explícitos. Outros preferem usar armamento oculto.

Jornada do conhecimento

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Convidados pelas Faculdades Facinter, este colunista e a jornalista Ruth Bolognese participamos, como palestrantes, da Jornada do Conhecimento, uma extensão universitária para atender alunos presenciais e a distância. Falamos para um auditório de professores e estudantes de Comunicação Social, Ciência Política e Ciências Sociais. A coordenação do programa é do jornalista e professor Aroldo Murá, mestre de várias gerações.

Agradeço o honroso convite.