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A história ensinou o colunista que em jo­­gos como o Atletiba, mesmo com desnível técnico entre os adversários, favoritismo prévio não existe. Em jogos do porte do mais importante clássico paranaense vale muito o estado de espírito, a superação técnica e a aplicação tática dos jogadores.

Esses componentes mudam em cada jogo, logo, a imprevisibilidade é o que de mais lógico podemos esperar. O Coritiba já foi melhor, alcançando uma vantagem substancial sobre o aguerrido rival. Ocorreram dois fatos no curso da competição. O Atlético superou a instabilidade do começo e o Cori­­tiba, primeiro colocado com folga, viu o adversário se aproximar, mas, sem causar maior preocupação. Esta é a verdade cristalina da luta técnica entre os dois.

No jogo de domingo, imagino o Coritiba mais cauteloso, sem ser exclusivamente defensivo. Já o Atlético vai precisar de muita energia física e ousadia técnica para jogar no ataque sem se descuidar da defesa. Deve ser um grande Atletiba, para repetir a história quase secular e produzir um turbilhão de emoções no Estádio Joaquim Américo.

Vida sofrida

Quem deve ter muitíssimo com o que se preocupar é o Paraná Clube. De três jogos faltantes, dois serão no interior. O Ser­­ra­­no, modesto time de Pru­­den­­tópolis, será o primeiro desafio. Tipo do jogo que em outras circunstâncias não assustaria ninguém. Mas a instabilidade técnica do Tricolor é tão grande que até o frágil ad­­versário pode surpreendê-lo. Os paranistas estão no G8 em situação crítica, correndo o risco de se classificar e não mandar um único jogo na se­­gunda fase. Estupidez do regulamento e falta de qualidade do time da Vila.

O estilo Dunga

Como jogador sempre foi combatente, determinado e perseguidor implacável de objetivos. É exatamente assim como treinador. Não é amigo de in­­venções para se mostrar um inovador tático. Faz o certo pelos caminhos mais simples. Leal como profissional, chega à Copa do Mundo confiando literalmente no grupo escolhido depois de exaustiva triagem. Não é capaz de produzir uma injustiça com os seus comandados.

Sabe retribuir a dedicação do elenco que escolheu, não se importando com pressões inevitáveis. Nem mesmo da mídia do eixo Rio-São Paulo, sempre pronta para atacar seus alvos preferidos.

É provável, até, que a pressão por Ronaldinho Gaúcho te­­nha causado um desconforto em Dunga, cuja personalidade é tão forte que pode suportar muita pancada sem ir a nocaute.

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