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A diferença entre Coritiba e Atlético está na bonificação obtida na fase de classificação. A vantagem do Alviverde de um ponto está sustentando o time de Ney Franco no primeiro lugar, sem mostrar um futebol criativo e realizador. Muito burocrático, previsível e sem inspiração ofensiva que corresponda ao volume de jogo e posse da bola, os coritibanos estão sendo marcados com facilidade e não reagem para reverter o jogo. Falta jogo pelos flancos, centraliza demais e facilita a marcação adversária como já acontecera contra o Paraná. O figurino de ontem foi igual. Foi preciso tomar um surpreendente susto com o empate para acordar e partir em busca da vitória. E para complicar ainda mais o atacante Bill bateu um pênalti pela linha de fundo, depois de insistir para executar a cobrança, "brigando" com Marcos Aurélio pelo direito de converter a penalidade. Não tenho visto o Coritiba jogar bem. A partir do momento em que garantiu o supermando e os dois pontos de vantagem, caiu a produção do time do Alto da Glória. Na batida desta fase do campeonato – como já se previa –, a taça será decidida no Atletiba.

Atlético

Ao contrário do rival, o Atlético está jogado um futebol alegre, com muitos gols. Nove em dois jogos. E não foram gols acidentais. Houve participação coletiva e qualidade individual dos goleadores. Bruno Mineiro está justificando o investimento feito pelo clube. Mostra não ser um atacante precipitado, tem consciência do que fazer com a bola, anulando as chances de defesa dos goleiros adversários. A ordem para Valên­­cia jogar mais à frente e não se preocupar em apenas marcar e dar pancada nos adversários, tornou o Atlético mais solto. Paulo Baier não sente os efeitos do tempo em que ficou parado e está mantendo o ritmo ativo de craque.

Público decadente

Além das limitações técnicas dos disputantes, inclusive dos três clubes de Curitiba, o que causa uma grande frustração é a presença modesta de torcida nos estádios. Salva-se o Atlético, uma exceção. O Coritiba voltou para o Couto Pereira e a torcida continua sem grande número em casa. Ainda está ressentida com o rebaixamento e a obrigatoriedade de jogar dez partidas fora de casa na Série B. Mais angustiada é a nação paranista. Para agravar o desânimo a derrota contra o Coritiba foi fatal para as pretensões do título estadual. Sobra a Copa do Brasil e eu confio no Paraná contra o Sport em Recife. Afinal de contas, antes de ser derrotado pelo Coritiba, estava invicto há dez partidas, o que não acontece por acaso.

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