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Tenho manifestado minha preocupação com o esvaziamento dos estádios de futebol. Não é só no Paraná que isto está acontecendo. Há uma generalização, nas grandes, mé­­dias e nas pequenas cidades. Um dos fatores mais aparentes é a oferta de melhores jogos transmitidos pela televisão internacional. A moderna tecnologia coloca ao alcance dos nossos olhos espetáculos de qualidade dos quais fazem parte os brasileiros mais qualificados do momento, jogando na Europa e só pisando na nossa terra em férias ou, quando servem a seleção brasileira.

Claro que não são muitos que têm acesso aos canais fechados de televisão. Mas, é a elite financeira que consome a oferta desses programas, a mesma que tem escapado dos nossos estádios, também por razões de conforto e segurança. Convenhamos, entre frequentar um estádio exposto aos fenômenos climáticos, os mais adversos, à falta de limpeza e de banheiros em boas condições de uso, é muito melhor ficar em casa confortavelmente acomodado em frente à televisão.

Outras causas

A insegurança está no topo da lista. A renovação da massa torcedora é cada vez menos densa. Pais responsáveis não levam seus filhos aos estádios com a intensidade de antigamente. Medo do instinto selvagem de torcedores de cabeça descontrolada. As brigas, as mortes, os acidentes de trânsito propositais, tudo isso somado, espanta dos estádios os torcedores preocupados em assistir a jogos de futebol, sem o risco de agressões covardes e de torcedores despidos de educação, respeito e civilidade.

Culpa dos dirigentes

Na maioria dos casos são despreparados e se distanciam do interesse popular. Jogos de baixa qua­­lidade têm tudo a ver com as administrações falhas, quando não corruptas e quase sempre ineficientes. Há muitos anos fala-se com insistência em clubes com perfil de empresa. O conceito empresarial passa pela estrutura organizacional. Mui­­tos confundem clube-em­­presa com times de futebol do­­minados por empresários que se servem do popular esporte para negociar jogadores e sempre que possível causar danos às associações.

Pela ação nefasta desses "em­­presários" os jogadores são nômades e os clubes ficam cada vez mais empobrecidos. Muitos já são pobres pela ação brutalizada do Clube dos Treze, tratando uns com verbas polpudas e colocando a maioria na vala dos indigentes. Os privilegiados têm armas de defesa. Os pobres ficam cada vez mais desafortunados. Típico caso de injustiça social.

Coritibano no TJ

O desembargador Celso Rotoli de Macedo foi eleito presidente do Tribunal de Justiça do Paraná. É torcedor fanático do Coritiba e frequentador assíduo do Couto Pereira.

Perda

Morreu o jornalista Roberto No­­vaes, meu velho companheiro da TV Paraná – Canal 6 de Curi­­tiba. Era o redator-chefe de telejornais que apresentei por alguns anos.

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