• Carregando...

Vasco da Gama e Atlético Paranaense serão protagonistas de um jogo de muitos riscos no velho São Januário. Dois clubes tradicionais, com história bonita, mas recheados de problemas na atualidade. Ambos vítimas de administrações ruins e visivelmente responsáveis por desacertos que causaram o afundamento dos dois na zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro e muito mais do que isso, abalaram o conceito que levaram anos para construir. Perder substância qualitativa é muito mais fácil do que crescer e ficar no topo. Dá mais trabalho, exige competência e muita humildade para corrigir os rumos errados percorridos por falta de planejamento competente.

O Vasco foi destroçado por Eurico Miranda. Personalidade nociva, mandou no clube como se estivesse dando ordens no quintal de sua casa. Fez tudo que um dirigente correto não deve fazer. Até colocar em risco a vida de milhares de torcedores, quando permitiu o abarrotamento de São Januário para uma decisão brasileira contra o São Caetano. Foi um desastre previsto e que se concretizou pela ausência de responsabilidade de um homem sem nenhum escrúpulo para comandar um clube como o Vasco.

Outros tantos descalabros aconteceram em São Januário prejudicando o Coritiba, o Atlético e Paraná, todos comandados pelo "xerife" da baderna. Para deixar a presidência do Vasco, Eurico foi desalojado pelo Poder Judiciário e pela vitória eleitoral de Roberto Dinamite, que não tem nada a ver com o momento do time da Cruz de Malta. Apenas procura administrar a herança trágica que recebeu de um péssimo cartola metido a proprietário da vida vascaína.

O Atlético, conhecido de todos nós, também foi golpeado pela falta de bons dirigentes no futebol. Geninho, o mago venerado pela torcida, procura atalhos para contornar os atos praticados pela gestão fracassada do Rubro-Negro na contratação de jogadores ultrapassados, cansados, entregues a conduta pessoal que não combina com o espírito profissional. Como o exemplo vem de cima, todo mundo ficou à vontade para pautar sua vida fora e dentro do campo com absoluta indiferença aos objetivos do clube. Só Geninho para salvar o time da Baixada do rebaixamento, operando decisões de bom senso e se impondo como líder do grupo sem arrogância, grosserias e falta de respeito.

Hoje, o treinador do Atlético escala o time que o departamento médico permite, tal o número de jogadores sob os cuidados dos especialistas que trabalham no clube. São lesões recorrentes causadas, quem sabe, pela fadiga muscular e por contusões crônicas. Foram as "grandes" contratações feitas pelos responsáveis pelo Atlético. Os dissabores quem amarga é a torcida. Tomara que a vitória contra o Cruzeiro seja a injeção de ânimo para impulsionar o time esta noite contra o Vasco, trocando o sofrimento por uma vitória tão importante.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]