Os grandes campeões

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Coritiba, Santos, Cruzeiro, Internacional e Santa Cruz são os mais importantes campeões estaduais do país. O Coritiba abre a lista porque foi autor de uma campanha irrepreensível, pelo título e pela maior sequência de vitórias da história do futebol brasileiro. Neste momento está muito perto de ser finalista da Copa do Brasil, bastando ultrapassar o Ceará nas semifinais. O Alvi­verde foi o primeiro grande campeão estadual do Brasil em 2011.

Ontem a tarde foi recheada de títulos não menos importantes, a começar pelo bicampeonato do Santos. O Corinthians não teve qualidade para derrotar o Peixe e o seu competente treinador Muricy Ramalho, o melhor do Brasil já faz bastante tempo. A Vila Belmiro, tomada pelos santistas, trepidou de alegria que brotou das arquibancadas. Um jogo de muitas emoções e a vitória sofrida, mas justa, do Santos.

Em Sete Lagoas, um curitibano de Santa Felicidade mostrou suas vir­tudes de treinador e ganhou o título mineiro depois de ser eliminado da Libertadores de forma surpreendente, mesmo tendo produzido cam­panha de muitos méritos. In­feliz em decisões dirigindo outras equipes, ontem, finalmente, Cuca foi festejado como campeão, conseguindo o resultado que precisava. O empate daria o título ao Atlético-MG.

Falcão conquistou seu primeiro campeonato depois da volta como técnico. Perdeu o primeiro jogo em casa e apostou tudo no clássico realizado no Olímpico. Abriu uma vantagem suficiente para ganhar a taça sem a disputa dos tiros livres da marca do pênalti. Uma falha do notável goleiro Renan impediu a decisão nos noventa minutos. Decisão nos pênaltis e as grandes figuras do Gre-Nal foram os goleiros Victor e Renan, este, o magnífico herói pelas defesas que realizou quando o Grêmio estava à frente no placar das penalidades. Um jogo emocionante que vitimou o Tricolor e silenciou a torcida gremista que lotou o Olímpico.

No Recife uma decisão carregada de sentimento. No Mundão do Arruda o Santa Cruz, que participa da Série D do Brasileiro, defenestrou o hexa do Sport. Impressionante a fidelidade da torcida. Dos 55 mil torcedores presentes, 45 mil vestiam a camisa do campeão pernambucano. Não conheço outro clube brasileiro com torcida tão fiel, apesar de tantas decepções. O Santa Cruz é um fenômeno para ser estudado pelos sociólogos. Uma paixão fantástica.

Garrincha não cai

O espírito do estupendo Mané Garrincha não deixa o estádio que tem o seu nome, e que está em Brasilia, cair, a despeito das toneladas de dinamite. O estádio que está sendo demolido para uma estúpida gastança para a Copa do Mundo continua levando dribles desconcertantes do maior ponta direita de todos os tempos. Garrincha é imortal e está magoado. Do íntimo de sua simplicidade desmoraliza mais um adversário. Os perdulários do dinheiro público brasileiro.