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Até quando seremos tímidos e deixaremos de procurar favores, ao invés de lutarmos como espartanos em busca dos nossos objetivos?

As energias do nosso povo não podem ser mais corroídas. Precisamos de líderes de verdade e não de quem se rotula como tal, sem exercer uma liderança proveitosa.

Já é madrugada e fico a pensar sobre as perdas do nosso Paraná. As perdas do futebol, de outros esportes, da política, da cultura, da ciência e de tantos outros segmentos. Pensamos pequeno.

Precisamos despertar – mesmo que tardiamente – para a realidade que está posta diante de todos, viventes deste estado que amamos, sem sermos amados por gente que exerce influência em nossas vidas. Gente que não se preocupa com o sentimento popular, ignora o que pensamos e o que queremos. Nossa representação política é pobre, com raras exceções.

Presidência da República, nem pensar! Não temos um único nome para se colocar na disputa pela mais alta função pública do país. Em 2008, por duas vezes estivemos perto de uma vaga no Superior Tribunal de Justiça. Nosso candidato e conterrâneo entrou na lista dos finalistas, mas foi preterido pelo presidente da República no momento da nomeação. Faltou apoio de peso e decisivo junto ao chefe da Nação. O que sinto é uma acomodação medrosa dos que têm vez e voz e nada fazem. Ou fazem timidamente, com medo de ampla e corajosa exposição.

Pensar, não falar e não fazer é o mesmo que não ativar o cérebro para agir com determinação.

As perdas no futebol

No futebol é a mesma e sempre simplória atitude. Perdemos talentos. Nossos jogadores mais qualificados, especialmente os formados aqui, vão embora também pela inércia dos dirigentes dos os clubes. De todos os clubes, para que não haja associação específica com a perda mais recente. A tristeza só abala as torcidas. Os festivos cartolas acham tudo normal e se escondem atrás da eterna desculpa de que é preciso vender. Não se percebe um esforço verdadeiro e sim uma atitude de inferioridade. Outros clubes – como os nossos vizinhos do Rio Grande do Sul – vendem sim, mas compram jogadores de qualificação especial. Dispenso-me de citar exemplos para não azedar mais ainda a madrugada de chuva em Curitiba.

Até quando seremos tímidos e deixaremos de procurar favores, ao invés de lutarmos como espartanos em busca dos nossos objetivos?

As energias do nosso povo não podem ser mais corroídas. Precisamos de líderes de verdade e não de quem se rotula como tal, sem exercer uma liderança proveitosa. O líder deve ser despojado, colocando objetivos sérios acima de conveniências pessoais.

Paranaenses, chega de perder! Também no futebol.

Post Scriptum

Dedico esta coluna aos jovens do meu estado. São eles os responsáveis pela renovação que precisamos, mudando conceitos, enterrando práticas "caudilhescas", levantando as causas do fracasso e derrotando-as, transformando a sociedade tímida em povo que acredita no que faz e persegue obstinadamente o que é necessário fazer.

Não somos inferiores a ninguém.

Só nos resta provar !

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