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Enquanto presidente do Clube Atlético Para­naen­­se, e mais tarde sem perder uma migalha do po­­der que sempre concentrou o presidente do Conselho Deli­be­rativo, Mário Celso Petraglia foi um agressor contumaz da liberdade de informação.

Mandou os seguranças do clube retirarem da Baixada, à força, um comentarista de rádio, ameaçou jornalistas, convocou entrevista coletiva para falar com o mais absurdo desrespeito de vá­­­rios profissionais de comunicação e ainda não contente foi além.

Proibiu este colunista de ser credenciado para exercer sua atividade profissional no Estádio Joa­­quim Américo. Ditatorial­­mente proibiu a Rádio Trans­­a­­mé­­ri­­ca de transmitir jogos das de­­pendências da Arena e sequestrou a cabine de trabalho destinada à mesma emissora. Proibiu o acesso de repórteres no CT do Caju.

Como não nos conformamos com as atrocidades praticadas contra a liberdade de expressão e ao exercício do direito ao trabalho, este colunista e a Transa­mé­­rica reagimos dentro da lei. Sem­­pre estivemos prontos a ouvir eventuais ponderações do dirigente atleticano.

O direito de resposta – garantido pela legislação – nunca foi usado por Petraglia, sempre preferindo a truculência ao diálogo. Por mais de uma vez pressionou a direção da Transamérica para defenestrar este profissional. Não logrou êxito, esbarrou na conduta de gente séria, que não vende opinião e não admite chantagem dos que se imaginam poderosos.

Violentados, nós os ofendidos batemos às portas do Poder Judi­ciário. Protestamos contra a proibição de transmitir jogos da Bai­­xa­­da e de trabalhar com liberdade do cenário de tantas glórias que o Atlético acumulou.

Fomos vitoriosos no juízo de primeiro grau. A cada proibição imposta por Petraglia para o nosso trabalho o Atlético, que não tinha culpa de ser presidido por Petraglia, receberia do Poder Judiciário uma multa de R$ 400 mil. Além de tudo já relatado, ele ainda pretendia cobrar pelos di­­reitos de transmissão dos even­­­­­tos do clube na Baixada. Perdeu e o rádio está livre para trabalhar sem censura e absurdas imposições.

Ser democrata é um prêmio da vida honesta.

E ser defendido pelo jurista Re­­né Dotti e pelo brilhante ad­­vo­­gado Julio Brotto é um privilégio dos que fazem e cultivam ami­­gos e convivem com pessoas e profissionais que fazem parte da vida dos humanos da melhor qualidade.

Os que sabem ser grandes são humildes nos gestos e intocáveis na honra.

Minhas homenagens aos julgadores do feito, realizado na ter­­ça-feira, na 7.ª Vara Cível de Curi­­tiba: Guilherme Luiz Gomes (relator), Luiz Antonio Barry (revisor) e Celso Mainardi (vogal).

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