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O que poderia acontecer de ruim para o Atlético Paranaense na rodada de ontem aconteceu de forma inexorável. A começar pela derrota contra o Náutico e a movimentação – para cima – de Figueirense e Vasco da Gama. No Recife, o técnico Roberto Fernandes deu uma resposta contundente aos gestores do futebol atleticano. Ganhou de virada em jogo facilitado pelo próprio time paranaense, que perdeu Ferreira, expulso pouco depois de abrir o marcador. E jogou com apenas dez durante a maior parte do tempo. Sem Ferreira, o Atlético ficou sem jogadas ofensivas e não contará com ele no confronto decisivo contra o Flamengo, no próximo domingo.

Para atormentar a vida rubro-negra, o Figueirense e o Vasco conseguiram vencer seus jogos. Não chega a ser um desastre para o Atlético. O time de Geninho pode superar o rebaixamento com uma vitória sobre o Flamengo. A dificuldade aumenta de grau porque o Fla vem atuar em Curitiba para conquistar vaga na Libertadores. Hoje é o quinto colocado. Vasco e Figueirense também jogam em casa, mas contra adversários mais fracos. Logo, ficou tudo para domingo, inclusive a decisão do campeonato. Azarão do São Paulo neste ano, o Flu repetiu a escrita e não permitiu uma vitória são-paulina – com o empate o time carioca escapou do perigo de cair para a Série B.

Eleição no Atlético 1

Tenho sido questionado com alguma insistência sobre a eleição do Atlético, que ocorrerá nos próximos dias. A pergunta feita com maior freqüência é em quem eu votaria. A resposta que dou é objetiva. Não voto e o assunto é de economia interna do clube. Minha posição de jornalista em relação ao atual comando é clara. O Atlético é dirigido ditatorialmente, sem respeito à liberdade de expressão e com a prevalência de uma opinião só. O resto do grupo endossa cegamente, sem contestações, o que diz o chefe. O mundo já conhece do que estou falando. Não vale a pena chover no molhado.

Eleição no Atlético 2

A carta estatutária do clube foi reformada há pouquíssimo tempo e nela foi firmado o princípio que permite ao atual grupo de direção o direito de fazer reeleições até a Copa do Mundo. O tônus filosófico da reforma é manter as mesmas pessoas sob o comando de Mário Celso Petraglia até a provável Copa. Como Petraglia não se submete nem a Deus, a leitura dessas intenções é clara. O direito de sediar a Copa do Mundo é assunto de largo espectro financeiro e interessa a muita gente. Gostaria de ver o Atlético mais comprometido com os interesses imediatos da torcida. Títulos, por exemplo. O preço dos ingressos de Copa do Mundo não permite o acesso dos que pensam que vão curtir os jogos eventuais em Curitiba. Os direitos de comercialização dos ingressos são da Fifa e o clube não vai interferir em nada.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br

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