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Verdade. Pronunciar o nome do goleiro do São Paulo é contar uma história de monumentais vitórias. O Morumbi viveu ontem um dia singelo. O menino que pela primeira vez subiu em um avião para descer na capital paulista e ser conduzido pelas mãos do pai até o Tricolor mais famoso do Brasil foi protagonista de uma festa singular para mais de 60 mil torcedores presentes ao Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Foi impressionante.

Uma torcida feliz, toda ela em clima de comemoração, deixou as dependências do maior estádio particular do país colorido de vermelho, preto e branco. Camisas, faixas e adereços próprios dos inesquecíveis festejos fizeram o Morumbi viver um dia singular, de rara felicidade. Rogério Ceni recebeu todas homenagens que merece por uma vida de trabalho dedicado ao maior e mais organizado clube brasileiro.

Aos 38 anos vividos com amor à vida, ao clube em que começou a trabalhar faz 21 gloriosos anos, contabilizando 15 anos de titularidade, Rogério não é só a alegria das mais cobiçadas conquistas do futebol mundial. Também é um exemplo de pai extremado e carinhoso, fazendo questão de estar acompanhado das duas filhas ao pisar no gramado que considera santo em uma trajetória que é um exemplo para todos.

Firme de caráter e determinado como profissional do futebol, praticou o notável feito de jogar mil vezes pelo mesmo clube, o amado São Paulo Futebol Clube, como repetiu várias vezes. Como capitão levantou troféus emblemáticos, com destaque para dois títulos mundiais de clubes e outros tantos de São Paulo, do Brasil e das Américas.

A vitória que deu ao São Paulo a liderança provisória do Campeonato Brasileiro, em disputa emocionante, passa a ser coisa quase secundária. Valeu mesmo a marca difícil de ser atingida por companheiros de profissão.

Para rechear esta história ímpar, Rogério Ceni é, entre os goleiros de todos os tempos e do planeta, o mais destacado artilheiro, com 103 gols, cobrando faltas e pênaltis com a precisão de um hábil e criativo ourives, produzindo joias raras.

Rogério Ceni é exemplo de profissional, filho, pai e companheiro. Vou usar uma das faixas expostas ontem no Morumbi ampliando sua significação: "Só o Brasil tem Rogério Ceni". Claro que o colunista não precisa dizer mais nada sobre um paranaense que é personalidade mundial e orgulho de todos nós.

Só me resta agradecer a obra ainda não concluída pelo goleiro emérito, cujo fim pode acontecer no próximo ano, ainda dependendo do autor de tantos lances memoráveis dentro dos mais diferentes estádios de futebol. Obrigado, Rogério. Precisa mais?

Rogério Ceni é honra e glória da pátria.

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