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O Coritiba voltou a encantar pela classe e pela raça do time no jogo contra o Grêmio. Saiu perdendo logo aos 9 minutos, mas não sucumbiu diante do adversário. Encontrou dificuldades no primeiro tempo. Muitos passes errados, poucas jogadas pelas laterais e excesso de centralização pelo meio o que facilitou a marcação do Grêmio.

O Coritiba surpreendeu a torcida quando foi anunciada a escalação da equipe. Nada de três zagueiros. René Simões armou duas linhas de quatro jogadores, fortaleceu o ataque e não se entregou jamais. Obstinado, conseguiu o empate aos 47 minutos. Lançamento primoroso de Carlinhos Paraíba e finalização de refinado talento de Marcelinho Paraíba. Um golaço que fez estremecer o Couto Pereira.

Esse gol deu oxigênio ao Alviverde para o segundo tempo, logo ajudado pela selvageria de Thiego, que agrediu de forma criminosa o lateral Douglas Silva. Expulso o gremista, o Coritiba ficou com mais e maiores espaços para jogar. Aos 7 minutos, um lançamento perfeito de Marcos Aurélio e conclusão fatal de Ariel, um guerreiro em campo. Resultado justo para um futebol de raça, classe e muita responsabilidade profissional. Futebol com o humor dos vitoriosos.

Alex, sonho ou realidade?

Ninguém tem o direito de negar o empenho que o Atlético vem fazendo para contratar a maior estrela do clube nos últimos anos: Alex Mineiro. Uma relação apaixonada de ambos os lados. O jogador nunca escondeu que gostaria de voltar a jogar no antigo clube e este sempre lamentou a perda do craque. São episódios próprios do futebol profissional. Não dá para perder uma boa proposta envolvendo dinheiro. Satisfeitos os preceitos financeiros não resta outro desenlace, cada um procura o seu interesse individual. Muitos apressados entendem uma decisão meramente profissional como ato mercenário. Errado e injusto.

Hoje o torcedor talvez consiga saber se o ídolo jogará outra vez na Baixada. O Atlético já decidiu que deseja o jogador. A torcida aprova e fica com rara ansiedade. Foi com Alex Mineiro que o Rubro-Negro viveu grandes momentos, como o título brasileiro de 2001.

O impedimento pode ser a questão financeira. O presidente gremista já disse que a multa rescisória do atacante é de setecentos mil reais. De forma explícita o dirigente maior do clube paranaense colocou com coragem e transparência as dificuldades de fazer grandes investimentos por falta de dinheiro.

Sonho ou realidade, a verdade é que a simples especulação sobre a transação gera euforia entre os atleticanos. O futebol feito com talento é gostoso, suave e reconfortante. O retorno de Alex é um fator de valorização do futebol paranaense.

Paraná melhor

A vitória conquistada pelo Paraná contra o Ipatinga mostrou um time diferente. Mais dinâmico, com empenho físico verdadeiro e produção técnica em alta. Passou o tempo de derrotas e abstinência de gols? Só o tempo dirá. O resultado positivo contra o Ipatinga traz algumas conseqüências imediatas: maior confiança no futuro e novo ânimo de todos os que gostam do Tricolor. Mesmo com tais ganhos, o Paraná continua na zona do rebaixamento, ou, como costumo dizer, na desconfortável área da prostituição técnica. O Paraná, hoje, não luta para ser campeão. Corre atrás da sobrevivência.

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