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Peço licença aos leitores para voltar a falar sobre a natureza jurídica do potencial construtivo e da absurda decisão dos poderes públicos, governo do estado e prefeitura de Curitiba, de repassar dinheiro público para as obras da Arena. Durante muito tempo sustentei nesta coluna e nas rádios em que trabalho, Transamérica e CBN, que a atitude ilegal dos governantes é uma afronta aos dispositivos constitucionais. Nada que o colunista disse constituiu mentira ou maldade. Como declarou recentemente em carta enviada ao colunista o consagrado gestor de cidades Alberto Paranhos, com trabalhos prestados ao Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba, à Organização das Nações Unidas e ao Banco Mundial, "é bom contar com um profissional com dois chapéus – o político e o comunicador – para propiciar um debate saudável na avaliação dos programas e propostas para o futuro de Curitiba". Agradeço, e muito, as referências do mestre de gestão pública de nível internacional, o brasileiro Alberto Paranhos.

Sem falsa modéstia minha formação política e jornalística sempre permitiu que eu analisasse o evento Copa do Mundo no Brasil de forma diferente. Em algumas ocasiões não fui compreendido por inconformados com as minhas opiniões contrárias ao Mundial no Brasil de necessidades imediatas não atendidas.

Para completar minha convicção, esta Gazeta do Povo publicou na edição de ontem o parecer do Tribunal de Contas que confirma minha opinião: "Potencial construtivo é dinheiro público e como tal não pode ser repassado para obras particulares".

Peço desculpas aos descontentes, mas a verdade venceu a visão caolha de quem pensa fazer o que bem entender com o dinheiro recolhido da população.

Ser contra a aplicação perdulária e viciada dos recursos financeiros da prefeitura e do governo do estado é defender os interesses maiores dos brasileiros.

O jornalista e o político têm o dever de colocar a verdade acima de objetivos personalistas e individuais para ser digno da leitura, da audiência e da credibilidade que oferecem os nossos cidadãos. Fico gratíssimo aos que sempre estiveram ao lado das minhas opiniões, sem execrar as vozes discordantes, como democrata por formação.

Sem dinheiro público, o Atlético teria e tem todas as condições para fazer uma obra que orgulhe os paranaenses sem ofender os salutares princípios morais e legais.

Futebol

O Coritiba perdeu do Santos em jogo de Neymar e continua em situação desconfortável na Série A. O Atlético fez um grande jogo de recuperação contra o Goiás, mas não aguentou a pressão do adversário e saiu do G4 da Série B. Para o Paraná, a grande derrota foi a saída de Ricardinho, inconformado com a indiferença da diretoria ao não atender os apelos patéticos que fez pela contratação de reforços, atacantes em especial.

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