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Pô! Kobe Bryant fez 81 pontos num jogo de basquete da NBA, a principal liga profissional dos EUA. Bá!

O recorde, a grande marca, no entanto, continua nas mãos do inacreditável Wilt Chamberlain: ele fez 100 pontos contra os "76s" em 1962! Sabe lá o que é isso? Não!? Então tentarei explicar. Relax and enjoy. Ou o que é quase a mesma coisa, rolex and enjoy...

Na época do Chamberlain não havia arremesso de três pontos. E mesmo que houvesse, de nada adiantaria – ele era pivô, centro na nomenclatura original do jogo. E pivôs não se deslocam à zona morta* para arremessar; o que dizer então de um deslocamento à linha lateral?

Outras diferenças

Outra não pequena diferença entre as regras de ontem e hoje: salvo erro, na década de 60 o tempo de jogo do basquete profissional era de 40 minutos, não de 48 como agora.

Por último, mas não o menos importante: Kobe é uma metralhadora permanentemente ligada no automático, arremessa todas as bolas que caem nas suas mãos. Na noite dos 81, chutou apenas 45 vezes! Muito mais da metade dos arremessos da equipe, os abomináveis Lakers da igualmente abominável Los Angeles – por extenso e no original espanhol: Santa Maria Reina de Los Angeles. (O cavalheiro, aquele, tinha toda razão: Pobre México! Tão longe de Deus e tão próximo dos EUA!)

Em tempo. A nossa Hortência, uma das cinco melhores jogadores de bola-ao-cesto* do mundo em todos os tempos, a nossa Hortência, fez 100 pontos num jogo no interior de São Paulo.

Posso estar enganado, mas se essa marca foi homologada, registrada, duvido muito que venha a ser igualada ou ultrapassada. O mesmo não posso dizer da marca do Wilt. O homem que arrancava ohs! da platéia somente quando errava, a crer no depoimento do falecido, do saudoso Paulo Francis. Que viu a fera em ação quando era correspondente da "Tribuna da Imprensa" em Nova Iorque. Ou na corte, como ele costumava dizer, provocar.

Notas

* Por que "zona morta"? Sabe que você me pegou, cara pálida? Sabe que não sei, rapaz? E agora? Em todo caso me parece uma contradição, não? Zona x morta. Ou é o oposto?

** Por que usei a palavra basquete ao me referir aos dois negros americanos, e usei bola-ao-cesto ao escrever sobre a Hortênsia? Não, nada de porco chauvinismo, nada de preconceito contra as meninas. Ou contra os negros. Muito pelo contrário. Negócio seguinte: para o locutor que vos fala, somente os americanos jogam basquete; o resto do mundo joga bola-ao-cesto. É diferença quase tão grande quanto a que existe entre vinhos e derivados da uva, sacou?

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